Nesta quarta-feira (19/7), Felipe Prior usou suas redes sociais para se pronunciar sobre sua inocência. Acusado de estupro, o ex-BBB foi condenado a 6 anos de reclusão, no regime semiaberto. No dia 18 de julho, Maira Pinheiro, que atua no processo da jovem violentada, contou ao G1 que vem sendo coagida por fãs do réu.
“Estou aqui para pedir também para vocês pararem de mandar mensagem para as advogadas das que se dizem agredidas por mim. As mensagens atrapalham a minha defesa. Tudo o que eu não preciso nesse momento agora é de maior exposição”, disse Prior.
Depois de alertar que a atitude dos seus admiradores pode prejudicá-lo, ele completou: “Eu preciso nesse momento da força e da compreensão de vocês. Vale ressaltar que eu não sei quem são essas pessoas que estão mandando essas mensagens. Repito que parem, é o único apelo que tenho nesse momento é pedir para parar, não vai contribuir em nada isso tudo”.
Além do recado, Prior afirmou que não cometeu o crime. “Eu sou inocente e que iremos vencer tudo isso. Obrigado de coração, é isso que eu tenho para dizer. Estou passando aqui para agradecer pelas mensagens de solidariedade que estão mandando para mim. Tenho certeza de que vamos vencer essa batalha”, finalizou.
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Entenda o caso:
O nome de Felipe Prior foi parar nos assuntos mais comentados do Twitter após ele ser condenado, em primeira instância, a seis anos de prisão, em regime semiaberto, por um caso de estupro ocorrido em 2014 e denunciado em 2020. Além da decisão em si, o que chamou a atenção foi a descrição que o processo fez da forma com que o ex-BBB teria se comportado com a vítima, chamada de Themis. A notícia foi revelada pela coluna Universa, do UOL.
Na decisão, a juíza Eliana Cassales Tosi Bastos, da 7ª Vara Criminal de São Paulo, afirmou não ter dúvidas de que houve crime e detalhou o abuso, afirmando que ele usou força física “segurando-a pelos braços e pela cintura, além de puxar-lhe os cabelos, ocasião em que Themis pediu para ele parar, dizendo que ‘não queria manter relações sexuais’”.
A condenação foi definida no último sábado (8/7), mas Felipe Prior pode recorrer ao processo, que corre em segredo de Justiça, em liberdade. Os autos citam o prontuário da vítima emitido na unidade de saúde onde ela foi atendida. O documento constatou que laceração na região genital.
O processo ainda traz como prova prints de mensagens entre Themis e o réu. Além disso, há os depoimentos dela e do ex-BBB, além de relatos de testemunhas, tanto da defesa quando da acusação.
Ao site, Maira Pinheiro, advogada das vítimas, afirma receber “com muito alívio [a sentença] após três anos e meio de muita luta”: “Nossa cliente foi achacada, nós, advogadas, fomos muito atacadas durante esse processo, e essa condenação vem como reconhecimento de que tínhamos razão desde o início”, afirmou ela.
Ela contou, ainda, que vai recorrer da decisão pelo regime semiaberto, pois considera a punição leve “dada a brutalidade do crime”. Além disso, ela contesta o fato de ele recorrer em liberdade, já que são três denúncias do mesmo crime: “Esperamos que, nas instâncias superiores, a pena seja aumentada, e o regime seja o fechado”, comentou ela.