O mês de agosto tem registrado altas temperaturas e baixa umidade no Acre, o que favorece o aumento de doenças respiratórias. Apesar do estado aparecer em estabilidade na tendência a longo prazo em casos de Síndrome Respiratórias Aguda Grave (SRAG) no Boletim Info Gripe, da Fundação Oswaldo Cruz, o painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) mostra que apenas em agosto, 9.023 notificações de síndromes respiratórias foram registradas.
O painel foi montado como monitoramento dos leitos e das notificações de SRAG após o aumento dos casos em junho, quando o Estado também decretou situação de emergência. Segundo os dados da Sesacre, até este sábado (26), 89.052 notificações relacionadas à síndromes respiratórias foram registradas em 2023, enquanto em todo o ano de 2022 foram registradas 165.226 notificações.
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Além das notificações, o monitoramento também permite o acesso a dados de ocupação de leitos. No Pronto-Socorro de Rio Branco, há 15 leitos clínicos pediátricos, sendo que até este sábado (26), 5 deles estavam ocupados.
No Hospital Iolanda Costa e Silva, são 20 leitos de UTI pediátricos e 9 estavam ocupados. Neste mesmo hospital, 70 leitos clínicos são disponibilizados pela população, sendo 51 estavam ocupados.
Síndrome Respiratória Aguda Grave
A SRAG abrange casos de síndrome gripal (SG) que evoluem com comprometimento da função respiratória que, na maioria dos casos, leva à hospitalização, sem outra causa específica. As causas podem ser vírus respiratórios, dentre os quais predominam os da Influenza do tipo A e B, Vírus Sincicial Respiratório, SARS-COV-2, bactérias, fungos e outros agentes.
Com o tempo seco e a mudança brusca do clima no estado, os acreanos correram para as farmácias em busca de medicamentos que aumentem a imunidade e diminuam o impacto no sistema imunológico. O médico e alergista, Guilherme Pulici, desmistificou a ideia em relação a esses medicamentos.