Começa nesta quinta-feira (10) o julgamento de Eronilson da Silva Gomes, acusado pela morte de Jacineide Ferreira de Lima, ocorrida em novembro de 2021.
A decisão é da juíza de direito Luana Cláudia de Albuquerque Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco. Eronilson, que já tem passagem e já respondeu por estupro, segundo os antecedentes criminais, segue preso no Complexo Prisional de Rio Branco.
O Ministério Público do Acre (MPAC) denunciou o acusado em agosto de 2022 por homicídio em razão de motivo fútil, com emprego de meio cruel. O laudo aponta ainda 29 facadas, o que também foi destacado pelo órgão ao oferecer a denúncia.
Eronilson só foi preso oito meses depois do crime, na Zona Rural de Boca do Acre, no Amazonas.
Cinco testemunhas serão ouvidas, entre elas, a irmã e o filho da vítima. A acusação ficará por conta do promotor Carlos Pescador.
Relembre o caso
Jacineide Ferreira de Lima, de 40 anos, foi achada morta no Beco do Bambu sem a parte de baixo da roupa. Segundo informações de testemunhas que estavam em uma oficina próxima do local relataram à Polícia Militar, na época, que ouviram a vítima pedindo socorro e a viram correndo sem roupa com a bermuda nas mãos. Após alguns passos, a mulher caiu e morreu. Apesar de ser achada despida, o exame não confirmou a relação sexual.
Durante o depoimento à polícia, após ser preso, o acusado disse que andava pela Avenida Antônio da Rocha Viana, em Rio Branco, de bicicleta em busca de trabalho, porque é roçador. Quando virou em uma rua avistou a vítima, que chegou no beco em que a mulher foi morta e começou a conversar com ela. “Chamou para ‘namorar’ no beco e a vítima pediu R$ 50. Ele disse que não tinha dinheiro e tentou sair do local, mas a vítima lhe segurou e que ele pegou uma faca e furou a vítima”, diz o depoimento.
Além disso, ele diz que não lembra das facadas que desferiu contra a vítima, mas que ela ficou gritando por socorro. Após isso, ele diz que saiu correndo, deixando sua bicicleta, faca e boné para trás e foi até o bairro Placas, onde morava sua companheira, para quem disse que haviam roubado sua bicicleta.