Concursos Federais: ministra prevê 10 mil vagas e avais este ano

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, informou que serão abertas de 8 a 10 mil novas vagas ao longo dos próximo anos

Esther Dweck promete abrir de 8 a 10 mil novas vagas ao longo dos próximo três anos de governo
(Foto: Edu Andrade/Ministério da Fazenda)

Mais concursos federais devem ser autorizados ainda este ano. É o que promete a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.

Segundo a chefe da pasta, o Governo Federal deve abrir de 8 a 10 mil novas vagas ao longo dos próximos três anos (duração do mandato da atual gestão). Do total, algumas autorizações devem sair ainda este ano.

“Ao longo dos próximos três anos, deve entrar mais ou menos o que entrou nesse ano. De oito a dez mil novas vagas ao longo dos próximos três anos. Neste ano, a gente ainda vai anunciar alguns poucos concursos. Pouquíssimos, neste ano. Acho que o orçamento comporta esse ritmo”, disse Esther.

A informação foi passada pela ministra em entrevista ao Portal Jota.

No mês passado, Esther Dweck já havia informado que o objetivo era dobrar o número de vagas já autorizadas em concursos federais, projetando mais avais ainda em 2023.

Segundo Esther, há diálogos junto ao Ministério do Planejamento para antecipar o orçamento que seria de 2024 para este ano. O intuito é que mais servidores ingressem ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Após entrevista coletiva para anunciar concursos federais, no dia 18 de julho, Esther adiantou, com exclusividade à Folha Dirigida por Qconcursos uma conversa com o Ministério do Planejamento para novas autorizações, mediante verba disponível.

“A gente vai discutir isso com o Planejamento porque depende de autorização orçamentária deles”, frisou Esther Dweck, responsável, no governo Lula, pela análise e aval dos concursos do Executivo Federal.

A ministra ainda reforça que foram recebidos pedidos de autorização para uma demanda de 80 mil vagas para o Projeto de Lei Orçamentária para 2024. Porém, segundo ela, “não vai nem próximo disso e não achamos que precisa disso tudo”.

A ministra justificou sua fala sobre não precisar da demanda total solicitada pelos órgãos com o processo de automatização.

“Em muitos casos, a saída de pessoas não será reposta da mesma forma. Você teve uma mudança tecnológica. No próprio INSS, que teve uma redução gigantesca de pessoal, a gente está trabalhando com a Dataprev para automatizar cada vez mais os processos. A gente está nesse processo de automatização em muitas áreas que vai demandar menos gente”, explica Esther.

Para a chefe da pasta, é preciso prever os cargos que são necessários e essa análise já está sendo feita com a Secretaria de Governo Digital, com a Secretaria de Transformação do Estado e a Secretaria de Gestão de Pessoas, que é quem faz os concursos públicos.

Concursos Federais somam 8.330 vagas autorizadas

O Governo já autorizou mais de 8 mil vagas em novos concursos para 2023. O próprio presidente Lula tem uma preocupação latente por repor o quadro funcional em sua maior parte.

Foram 2,4 mil vagas autorizadas no dia 18 de julho pelo MGI e a pasta já havia concedido aval para 4.436 vagas em concursos federais para diferentes órgãos e ministérios, no mês anterior.

O primeiro anúncio aconteceu no dia 16 de junho e também foi feito pela ministra Esther Dweck. Na ocasião, os órgãos e autarquias contemplados foram:

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): agente de atividades agropecuárias (100); agente de inspeção (100); auditor-fiscal federal agropecuário (200); e técnico de laboratório (40);

Inmet: analista em ciência e tecnologia (40) e tecnologista (40);

Incra: analista administrativo (137); analista em reforma e desenvolvimento (446); e engenheiro agrônomo (159);

MEC: técnico em assuntos educacionais (220);

Inep: pesquisador-tecnologista em informações e avaliações educacionais (50);

Capes: analista em ciência e tecnologia (50);

FNDE: especialista em financiamento (100);

ICMBio (provimento-adicional): técnico (50); e analista (110);

MRE: oficial de chancelaria (50+50 mais cadastro);

INPI: analista (40); pesquisador (40); e tecnologista (40);

Inmetro: analista executivo (40); e pesquisador (60);

DNIT: analista administrativo (50); e analista em infraestrutura (50);

ANM (provimento adicional): especialista em recursos minerais (24);

MME/PGPE: administrador (30);

Carreiras Transversais ATE: analista de infraestrutura (300) – aprovados podem ser lotados em diferentes ministérios;

Carreiras Transversais ATI: analista em tecnologia (300) – aprovados podem ser lotados em diferentes ministérios;

Ministério do Trabalho e Emprego: auditor-fiscal do trabalho (900);

CNPq: analista em ciência e tecnologia (50);

Censipam: analista em ciência e tecnologia (50);

Ministério da Saúde – CPST e C&T: tecnologista (220);

Fiocruz: analista de gestão em saúde (100); pesquisador em saúde pública (100); e tecnologista em saúde pública (100).

A intenção do governo, segundo a ministra Esther, é ter editais e provas de concursos ainda em 2023.

No dia 18 de julho, a ministra Esther Dweck convocou uma entrevista coletiva para anunciar novos concursos federais. Na ocasião, foram autorizadas 2.480 vagas para diferentes órgãos. Veja na tabela abaix

MCTI, Funai e MMA também estão na lista

Além desses, também já foram autorizados, no início do ano, os concursos para o Ministério da Ciência e Tecnologia em Inovação (MCTI), para o Ministério do Meio Ambiente e para a Fundação dos Povos Indígenas (Funai).

O Ministério da Ciência e Tecnologia em Inovação tem aval para preencher 814 vagas para os cargos de analista, pesquisador e tecnologista. Todos de nível superior e com ganhos de R$13.718,81 a R$16.798,48.

Já o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) recebeu autorização para 98 vagas. Nesse caso, a oferta será apenas para um cargo: analista ambiental, que exige o nível superior em qualquer área. As remunerações serão a partir de R$10 mil.

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) recebeu autorização para abrir 502 vagas distribuídas por:

  • nível médio: agente em indigenismo – 152 vagas
  • nível superior: diversos cargos – 350 vagas.

As remunerações serão a partir de R$5.349,07, para o cargo de nível médio, e de R$6.420,87, para o nível superior.

PUBLICIDADE