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Desmatamento na Amazônia reduz mais de 60% em julho; Acre segue resgistrando queda

Por Suene Almeida, ContilNet

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), divulgados na última quinta-feira (3), apontam que o desmatamento na Amazônia teve redução de 66% em julho.

De acordo com registros do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), no período, foram registrados 500 km² de área degradada, contra 1.487 km² em julho de 2022. Já nos primeiros sete meses de 2023, o desmatamento na Amazônia teve queda de 42,5%, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Foto: Ilustração

No Acre os alertas de desmatamento reduziram em 68% em julho. A redução acontece quando comparada ao mesmo período no ano passado, quando foram 77,84 km² detectados. De 1º a 31 de julho, o estado acumulou 24,91 km² de área desmatada.

Já nos sete primeiros meses de 2023, o estado acumulou 63,28 km², uma redução de 67 %, em comparação com o mesmo período em 2022, quando foram registrados 191,90 km². A informação foi mapeada pelo Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma).

Nos demais estados da Amazônia também houve redução significativa, de janeiro a julho de 2023, o Amazonas registrou queda de 62%, Rondônia veio em seguida, com redução de 60%. No Pará, houve queda de 39% e em Mato Grosso, de 7%.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou que os dados estão sustentados por muita ciência. “É termos criado um sistema de detecção do desmatamento em tempo real, que serve para que a gente possa interferir no momento em que a criminalidade está acontecendo e, portanto, poder fazer a diferença quando a gente vai para o terreno da ação. Se nós tivéssemos feito política pública de forma errática, talvez não tivéssemos conseguido o resultado que conseguimos no passado e agora.”

Entre as medidas de controle do desmatamento que estão sendo aplicadas na Amazônia, há o aumento de multas (aumento de 147% em relação aos últimos quatro anos), embargos (+123%) e apreensões pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além da aplicação do embargos pelo uso do solo em áreas desmatadas ilegalmente, apreensão de produção em áreas embargadas por desmate ilegal, dentre outras.

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