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Do Acre, irmãs Yawanawás se juntam a artista turco e vendem obras em mercado milionário

Por Matheus Mello, ContilNet

As irmãs Yawanawá Nawashahu e Mukashahu viraram destaque no jornal Nexo, após lançarem uma coleção digital, com obras que misturam ancestralidade do povo indígena do Acre, Yawanawá, com um tema bastante discutido ultimamente: a questão climática na Amazônia.

Imagens das obras vendidas digitalmente/Divulgação

Chamada de “Winds of Amazonia”, a coleção é uma parceria entre as irmãs com o artista turco-americano,  Refik Anadol, e reúne 1.000 vídeos produzidos por meio de pinturas de dados. O artista conseguiu criar vídeos e animações sobre as pinturas produzidas pelas indígenas acreanas.

As irmãs Yawanawá Nawashahu e Mukashahu/Reprodução

Os vídeos produzidos foram apresentados em um evento no mês passado, na ilha grega de Mykonos. Desde então, as obras são vendidas em NFTs, um mercado que movimenta milhões no meio digital. O valor mínimo de compra foi de 3.25 Ethereum, o equivalente a cerca de R$ 28 mil. Todo o valor arrecadado com as vendas será destinado ao Instituto Nixiwaka, uma organização voltada para os direitos dos povos originários.

Povo Yawanawá no topo

Não é a primeira vez que o povo Yawanawá ganha projeção internacional. Há alguns anos, o dj brasileiro mundialmente conhecido, Alok, levou indígenas do Acre para se apresentarem na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.

Além disso, a música desse povo fez com que os festivais dos Yawanawa fossem os primeiros entre os povos indígenas do Acre a se tornarem mundialmente conhecidos. A cada evento, centenas de turistas chegam a Tarauacá e municípios vizinhos, como Cruzeiro do Sul, e acabam criando um movimento econômico que beneficia muita gente.

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