Os detentos Ozias de Souza Almeida e José Emídio Neto foram condenados pela morte de João Craveiro Chaves Júnior, de 40 anos, que foi encontrado morto dentro de uma cela no Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco.
O caso aconteceu em junho de 2022, enquanto o preso cumpria pena na cela dois do pavilhão J. Ele foi espancado até a morte durante um corretivo aplicado pelos acusados, após suspeita de que ele teria furtado drogas.
Na cela com João Craveiro, estavam outros seis detentos que também cumpriam penas. O Ministério Público do Acre (MPAC) abriu denúncia contra 16 pessoas, que teriam planejado e executado o crime. Destes, 14 foram absolvidos por falta de provas, por decisão da 2ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).
Sobre o corretivo
No dia da morte, os agentes de plantão na unidade foram comunicados que João Craveiro estava passando mal, ele foi retirado da cela e os policiais, então, perceberam que ele estava desacordado e possuía escoriações em todo o corpo.
Conforme consta no processo, durante o banho de sol, os presos, tiveram ajuda do faxineiro do pavilhão para trocarem de cela com detentos de outra cela, utilizando o argumento de que iriam jogar baralho na cela de João Craveiro.
RELEMBRE O CASO: Detento é espancado até a morte por companheiros de cela em presídio do Acre
Nos depoimentos, as testemunhas alegaram que o objetivo era apenas dar uma lição no detento, e para isso foi pedida autorização para os chefes da facção a quem a vítima fazia parte. Ele foi ferido com chutes, socos e um cabo de vassoura.
Ozias de Souza Almeida e José Emídio Neto assumiram a autoria do crime. Segundo Emídio, as agressões foram apenas nas pernas e nas costas da vítima e quando perceberam que ele estava passando mal, chamaram os policiais.