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Espetáculo acreano viaja por nove estados pela Mostra Sesc Amazônia das Artes

Por Ascom

O monólogo acreano “Fiandeiro de Tempos” foi selecionado para integrar a mostra Sesc Amazônia das Artes em 2023. Após a primeira temporada de apresentações, em maio, a peça segue para mais cinco estados (Roraima, Amazonas, Amapá, Piauí e Mato Grosso) a partir da próxima terça-feira (8).

Em maio deste ano, o espetáculo do Coletivo Iluminar passou pelo Maranhão, Rondônia e Tocantins, além de uma apresentação em Rio Branco. O artista responsável pela idealização, pesquisa, direção e atuação de “Fiandeiro de Tempos” é o cruzeirense Victor Onofre. “É um privilégio! Porque o Acre, de certa maneira, é esquecido pelo restante do país. Está sendo uma emoção muito grande poder representar meu estado, contando uma história daqui e que representa inúmeras pessoas”, afirma Victor.

Foto: Lukas Lima

A peça, que estreou em 2021, é um trabalho que traz memórias afetivas para os acreanos que foram ou tiveram seringueiros na família, é o que afirma a Gerente de Cultura e Recreação do Sesc, Nardia Taina. “É um espetáculo muito sensível, retrata muito a história do nosso lugar e tem uma plasticidade muito bonita também. Leva nossas histórias, memórias, o “eu” acreano, seringueiro. Leva conhecimento, cultura e nossas vivências”, afirma.

O Sesc Amazônia das Artes é uma rede de intercâmbio das artes e da cultura que busca visibilizar o cenário cultural da Amazônia Legal e do Piauí. Realizado em formato de mostras, o projeto oferece acesso a produtos culturais de várias linguagens artísticas de forma gratuita.

Foto: Lukas Lima

Nardia reforça a importância de um projeto como tal e a destaca que “Fiandeiros de Tempos” traz exatamente o que o projeto busca difundir. “O projeto vem para que as regionais possam mostrar a potência que é a Região Norte e a sua cultura, que é muito peculiar, muito rica e viva. Mostrar o que é feito em nosso estado, com este trabalho, é muito importante porque está levando a cultura acreana para outros estados”, comenta.

Ao trazer para o palco personagens inspirados em ribeirinhos do interior do estado, Victor compartilha a cultura daqueles que encontram na floresta tudo o que precisam para viver, do alimento à fé. “O que a gente está querendo mesmo é poder mostrar a cultura, fazer esse resgate do patrimônio imaterial e poder mostrar esse arquétipo, dessa pessoa que mora só, isolada, mas que fia seu caminho faz a sua história. É um personagem da vida real que não existe só na Amazônia, existe em todo o Brasil, todo o mundo”, destaca Victor.

Foto: Marcos Antônio

Para tal concepção, o artista revisitou suas histórias de infância, mas também partiu para os seringais do interior, onde pode vivenciar e pesquisar a fundo àquele cotidiano. Foi pelos seringais e comunidades do Rio Murú, no Jordão, Serra do Môa, em Mâncio Lima e pela comunidade do Crôa, em Cruzeiro do Sul que ele conheceu figuras que lhe trouxeram diferentes percepções sobre a vida e o tempo.

Foto: Lukas Lima

Além do ator, está em cena o violinista Marcos Casas, que faz a trilha sonora toda ao vivo. A iluminação foi criada por Luiz Rabicó. Victor ressalta que o coletivo está em busca de apoiadores que queiram ajudar a levar o nome do Acre por meio da cultural.

Confira abaixo a programação final:

Agosto

09 de Agosto – Roraima
11 de Agosto – Amazonas
13 de Agosto – Amapá
15 de Agosto – Piauí
17 de Agosto – Mato Grosso

Ficha técnica

Direção, Pesquisa, Atuação e Produção Geral: Victor Onofre
Codireção: Arnaldo Lima
Texto: Quilrio Farias, Victor Onofre e Dino Lambada
Dramaturgia: Quilrio Farias
Colaboradores na dramaturgia: Victor Onofre e Dino Lambada
Preparador físico: Jhon Gomes
Direção fotógrafica e Designer gráfico: Marcos Antônio
Direção de arte: Jaqueline Chagas e Dino Camilo
Produção Executiva: Junior Uchoa
Criação de luz: Luiz Rabicó
Assistente de produção, cenógrafo e operação de luz: Lukas Lima
Trilha sonora e criação musical: Marcos Casas, Quilrio Farias e Mara Mattero
Assessoria imprensa local: Daniel Scarcello.

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