Um estudo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) revela que uma área de 4,6 milhões de hectares vem sendo ocupada aos poucos por posseiros no Acre.
O problema foi identificado através das “Leis e práticas da regularização fundiária no estado do Acre”, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). De acordo com o estudo, a área de terras públicas sem destinação oficial no Acre, é formada majoritariamente por floresta nativa e tem sido alvo da invasão de grileiros, esse território seria do tamanho da Holanda.
A publicação apontou que 28% do território acreano não possui definição fundiária ou informação oficial disponível. A maior parte (69%) desse território é de responsabilidade da União, e 31% são responsabilidade do estado.
Outro dado destacado pelo material diz que entre 2019 e 2022, o Acre teve 312 mil hectares desmatados, segundo Prodes/Inpe, um valor de 133% a mais do que nos quatro anos anteriores.
Outro ponto levantado foi a rodovia que liga Cruzeiro do Sul a Pucallpa, no Peru. O estudo afirma que o projeto de construção da da estrada representa uma grande ameaça aos “Isolados do Igarapé Tapada”, do lado brasileiro, e para os povos isolados que vivem na Reserva Isconahua e na Reserva Comunal Alto Tamaya Abujão, no lado peruano, territórios que seriam cortados pela rodovia.