Os contemplados pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) já podem comemorar: foi anunciado o repasse de R$ 12,7 bilhões para esta classe de trabalhadores. A bolada será distribuída pela Caixa Econômica Federal, com o banco depositando uma fração da quantia diretamente na conta do titular.
Vale lembrar que o montante bilionário, na realidade, já foi pago aos brasileiros. O valor em questão faz parte do lucro do FGTS em 2022, tendo sido distribuído entre os trabalhadores com contas ativas do fundo registradas na Caixa.
O lucro do Fundo no ano passado foi de R$ 12,8 bilhões. No entanto, o Conselho Curador do Fundo de Garantia optou por repassar “apenas” R$ 12,7 bilhões, ou 99% do valor total. Por conta da distribuição, o rendimento final das contas ativas e inativas do FGTS será de 7,09%, superando a inflação registrada em 2022, de 5,79%.
Em outras palavras, o lucro real do Fundo de Garantia foi de 1,3% para cada beneficiário. No entanto, o rendimento não chegou a superar o da poupança, que chegou na casa dos 7,89%. O Conselho Curador do FGTS explica que a distribuição das quantias leva em consideração os seguintes fatores:
1. O equilíbrio do Fundo;
2. A inflação registrada no ano anterior;
3. A preservação do poder de compra da poupança dos trabalhadores.
Como previsto em Lei, o Fundo de Garantia tem rendimento anual de 3%, porém o Conselho usa como norte a reposição da inflação. Para se ter uma ideia, em termos de comparação, o rendimento nominal da poupança em 2022 foi de 7,89%, com rendimento real de 2,10%.
Quem vai poder receber?
O lucro obtido pelo FGTS no ano passado será distribuído entre os beneficiários que tiverem contas ativas e inativas com saldo em 31 de dezembro do mesmo ano. Ou seja, quem começou a desfrutar do direito ao Fundo em 2023 não será contemplado com uma parte dos R$ 12,7 bilhões.
A quantia a ser recebida será proporcional ao valor que o trabalhador possuía até o dia 31 de dezembro de 2022. Quanto maior for o saldo na conta do FGTS, maior o montante depositado em conta.