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Gasolina sobe 6% nos postos e preço médio já supera R$ 6, diz levantamento

Por Metrópoles

Foto: Reprodução

Foto colorida de posto de combustível mostrando o preço da gasolina em Brasília - Metrópoles

Matheus Veloso/Metrópoles

Os preços de diesel e gasolina têm aumentado rapidamente após os reajustes anunciados no último dia 15 de agosto nas refinarias da Petrobras, segundo levantamento de empresas que acompanham o setor.

O preço médio da gasolina subiu 6,14% entre 16 de agosto e o último domingo (20/8), segundo o Índice de Preços Ticket Log, com base nos abastecimentos em 21 mil postos credenciados.

No levantamento, o preço médio nacional encontrado ficou acima de R$ 6,05 em 20 de agosto. O valor médio aumentou em R$ 0,35 por litro nos postos.

“Entre as regiões, todas registraram alta de mais de 5% no preço e apenas o Sudeste comercializou o litro com o valor abaixo de R$ 6”, disse em nota Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

A maior alta foi na região Sul, onde a gasolina subiu 6,93% e o preço médio foi a R$ 6,02. Já o preço mais alto foi encontrado na região Norte, com média de R$ 6,57.

Diesel sobe 10%

No diesel, o IPTL mostrou que o preço médio do diesel S-10 avançou 10% em apenas dois dias, entre 15 e 17 de agosto.

Outro levantamento, feito pela ValeCard entre 14 e 20 de agosto, registrou alta parecida. Na base de 25 mil postos credenciados da empresa, houve aumento de 10,06% no preço médio do diesel. Já a gasolina avançou 3,2%, pelos cálculos da ValeCard.

A expectativa é que as altas continuem, na visão dos especialistas.

“O aumento não foi repassado pelos postos de forma integral, pois os estoques foram comprados das distribuidoras com os preços antigos. Por isso, podemos ter novos reajustes nos próximos dias “, diz Brendon Rodrigues, head de inovação e portfólio na ValeCard.

Presidente da Petrobras questionou preços

Na última semana, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, criticou a alta nos postos e disse que o preço médio da gasolina não deveria “jamais passar de R$ 6”, mesmo com o aumento da Petrobras.

Após deixar as refinarias, o preço final ao consumidor na bomba depende ainda da mistura com etanol anidro e biodiesel, impostos locais e margem de lucro ao longo da cadeia. Isso faz com que os preços variem em diferentes localidades e bandeiras de postos.

Em postagem na rede social X (antigo Twitter), Prates comentou uma notícia que dizia que o preço da gasolina já superava R$ 6 em postos no Rio de Janeiro. “Hora das autoridades competentes fiscalizarem e, se necessário, protegerem o consumidor”, escreveu Prates na ocasião.

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