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Jornalista registra cortina de fumaça na BR-364 e faz alerta: “Coloca vidas em risco”

Por Matheus Mello, ContilNet

Com o tempo seco e recorde em temperaturas registradas no Acre, as queimadas ficam muito mais suscetíveis, principalmente em áreas de mata, como a BR-364.

O jornalista Edson Marangoni registrou o momento em que uma cortina de fumaça cobre completamente os arredores da rodovia que liga Rio Branco ao Vale do Juruá.

Cortina de fumaça foi resgistrada pelo jornalista/Reprodução

Na publicação, Marangoni declara que “quem limpa com fogo coloca vidas em risco”. A prática denunciada pelo jornalista diz respeito à queima de capim para a produção agrícola e do agronegócio, principalmente na queima de pastagem, para a criação de gado.

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A atitude é considerada “desastrosa” pela Embrapa. Os pesquisadores explicam que a longo prazo, os resultados são prejudiciais tanto para a pastagem, quanto para o bolso do pecuarista.

Além disso, a Embrapa diz ainda que a técnica não é recomendada aos produtores. Ao queimar a pastagem, “o produtor está queimando carne”.

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“Quando as queimadas são sucessivas, ano após ano, a pastagem pode ser totalmente destruída. O fogo mata os microorganismos do solo; esgotam-se as reservas de crescimento das gramíneas; o capim começa a desaparecer, deixando o solo descoberto e sem proteção; a ação dos ventos e das chuvas leva os nutrientes da terra e o solo vai ficando compactado e suscetível ao estabelecimento de algumas espécies de invasoras”, explicou a Embrapa em uma nota técnica divulgada.

Agosto disparou focos de incêndios

O mês de agosto foi o responsável por 81,2% do acumulado de todos os focos de incêndio no Acre. De acordo com o último boletim do Tempo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, divulgado nesta segunda-feira (28), no período de 01/01/2023 a 27/08/2023, houve registro total de 1387 focos segundo dados do satélite de referência (AQUA Tarde).

Só entre 01/08/2023 a 27/08/2023, houve registro total de 1127 focos.

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