Justiça mantém condenação de capitão da PM por ligação com facção; ele deve perder a farda

O Ministério Público também obteve a condenação de outros 14 denunciados no processo

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, atendendo ao pedido do Ministério Público do Acre (MPAC), manteve a condenação do capitão da Polícia Militar do Acre, Josemar Barbosa Farias, que deve perder o cargo, além de ter que cumprir mais de 10 anos de prisão.

Farias, atualmente, está em liberdade e aposentado da PM. Além dele, o processo tem como alvo mais 21 pessoas, denunciadas pelos crimes de integrar organização criminosa, corrupção ativa, prevaricação, peculato, tráfico de drogas, entre outros.

Em 2021 o então capitão foi condenado a sete anos e sete meses de prisão. Foto: reprodução

Em 2021, o então capitão foi condenado a sete anos e sete meses de prisão, e também à perda da função de policial militar. Ele era investigado desde 2021, acusado de manter contato e utilizar a função pública para favorecer uma determinada organização criminosa no estado.

A defesa do réu recorreu da decisão judicial, pedindo anulação do processo, no entanto, além de manter a condenação, o Juízo do Colegiado decidiu, por unanimidade, acatar o provimento parcial ao recurso do Ministério Público, incluindo o pedido de aumento de pena em regime inicialmente fechado, e à perda do cargo público.

O Ministério Público também obteve a condenação de outros 14 denunciados no processo.

Relembre o caso

O tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Josemar Farias, foi preso em 2018, durante a Operação Sicário, da Polícia Civil do Acre.  A polícia interceptou ligações telefônicas entre o tenente e informantes membros de facções.

A ação prendeu, no total, 18 pessoas, além da apreensão de armas e livros de contabilidade de organização criminosa no Acre. Dos presos, 12 estavam em Rio Branco e seis nas cidades de Acrelândia, Plácido de Castro e Cruzeiro do Sul, interior do Acre.

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