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Olho e pálpebra tremendo? Cuidado, pode não ser um bom sinal

Por Uol

Imagem: Sharon McCutcheon/ Pixabay

Fadiga, estresse e secura nos olhos estão associados ao tremor nas pálpebras - Sharon McCutcheon/ Pixabay

Imagem: Sharon McCutcheon/ Pixabay

Quem nunca sentiu aquele famoso tremor nas pálpebras? Algo tão irritante quanto impossível de ser controlado. Pior: pode durar dias, com direito a curtos intervalos. Mas por que isso é tão comum e, ao mesmo tempo, difícil de ser evitado?

Chamado de mioquimia palpebral, o tremor nas pálpebras geralmente não é considerado uma doença. No entanto, ele deve ser um sinal de alerta: a tremedeira indica que algo não está bem no seu corpo e no seu estilo de vida.

Veja quais fatores estão associados a essa reação e o que fazer em cada caso:

Fadiga: pode ser causada pelo uso contínuo de computadores ou monitores (síndrome da visão do computador). Nestes casos, intercale períodos de trabalho com períodos de descanso dos olhos;

Estresse: evite ou tente resolver situações do ambiente de trabalho, ou familiar que estejam ligadas ao aumento da ansiedade. Relaxantes musculares leves podem ser usados sob indicação médica;

Secura nos olhos: também pode estar relacionada ao uso contínuo de computadores. Use colírios lubrificantes preventivamente e aumente a umidificação do ambiente de trabalho;

Cafeína: se a causa for associada ao consumo excessivo de cafeína, de bebidas energéticas ou de cigarro, reduza ou suspenda o uso;

Causa não identificada: o ideal é fazer uma consulta oftalmológica completa com objetivo de avaliar a função muscular das pálpebras, a superfície ocular e o fundo de olho.

Por que o estresse leva ao tremor

A tremedeira nas pálpebras é quase sempre unilateral, e aparece porque liberamos hormônios ligados ao estresse que vão para o sistema nervoso autônomo. Estes hormônios levam estímulos para a região, que passa a ter contrações involuntárias, ou seja, impossíveis de se controlar.

Se você tem esse sintoma com frequência, o ideal é consultar um oftalmologista para descartar qualquer outra doença. Conjuntivite e olho seco, por exemplo, também podem provocar os espasmos.

Além disso, doenças como o mal de Parkinson e a Síndrome de Tourette (desordem neurológica ou neuroquímica caracterizada por tiques, reações rápidas, movimentos repentinos ou vocalizações que ocorrem repetidamente) podem estar associadas aos tremores.

Como evitar

Na maioria dos casos, porém, levar um estilo de vida mais tranquilo ajuda a acabar com os espasmos. Ioga, meditação e outras práticas podem ajudar a aliviar o estresse e acalmar o paciente. Se o tremor estiver incomodando muito, aplicar gelo pode ajudar, anestesiando a musculatura da região. Relaxantes musculares podem ser usados sob orientação médica.

Em casos de tremor crônico, em que a pálpebra fica tremendo o tempo todo, injeções de botox são uma alternativa, se houver prescrição médica. O indicado é aplicar a toxina botulínica do tipo A, que bloqueia o impulso nervoso da musculatura e faz com que a contração pare. A substância é injetável e tem efeito que dura de três a seis meses.

Ignorar esse sintoma, por outro lado, não é uma boa ideia: um estilo de vida estressante pode levar a doenças cardíacas, depressão, ansiedade e hipertensão.

 

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