País registrou 811 óvnis em oito décadas de histórias sobre discos voadores

Com longa tradição de avistamentos relatados, Brasil não tem nenhum órgão oficial de análise de anomalias

Luiz Silva, de 69 anos, estava em um bar de Santos, em 1986, quando um silêncio tomou conta do lugar. O estabelecimento fica no alto de um pico, virado para o litoral. Naquela noite, ele conta, todos viram o momento em que um objeto do tamanho de um ônibus de dois andares riscou o céu em altíssima velocidade, iluminado por luzes vermelhas em direção ao continente. Foi o assunto da festa. Para ele, não havia dúvidas: eram seres de outro mundo.

— Foi o assunto da noite. Eu já acreditava, mas esse dia me deu certeza — lembra.

Aquele momento marcou a história da ufologia mundial. A chamada “Noite Oficial dos Óvnis” seria o caso com maior número de testemunhas da ufologia no planeta Terra (de outros, não temos notícia… ainda) e virou assunto no país todo com pelo menos 50 aparições em dez estados, caças da Aeronáutica correndo, em vão, atrás dos objetos voadores não identificados e até uma coletiva de imprensa dos militares em que explicaram que não tinham explicação para o que aconteceu.

Memorial do E.T. de Varginha: arquitetura de disco voador para divulgar episódio ainda mal contado — Foto: Secretaria de Turismo de Varginha

— Vinte e um desses óvnis foram captados por radares da Força Aérea Brasileira. Oficialmente, cinco caças decolaram para tentar identificar esses objetos, mas hoje sabemos que outros caças e um helicóptero da FAB também se envolveram — diz Jackson Camargo, gestor em tecnologia da Informação, ufólogo influente no país e autor de “Noite Oficial dos óvnis”. — O Brasil é um dos países com maior índice de avistamentos registrados anualmente. Aqui ocorrem casos dos mais diversos tipos, muitos deles com comprovações visuais, físicas, fisiológicas e eletromagnéticas e grande quantidade de testemunhas.

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