Pimenta: gratidão a Lula une direita e esquerda quando assunto é BR-364

Dinheirama do governo federal para rodovia agrada gregos e troianos

Valeu, Lula!

A direita poderia dizer que o Governo Federal não faz mais do que a obrigação ao enviar recursos para a recuperação da rodovia BR-364, mas é melhor e mais educado ser grato. Foi o que fez o secretário de Governo, Alysson Bestene (PP), que está com um pé em uma chapa de direita para concorrer à Prefeitura da capital.

Injeções

Na audiência pública da Aleac sobre a rodovia BR 364 convocada pela deputada federal Socorro Neri (PP), segunda-feira (21), Alysson fez um sincero agradecimento ao presidente Lula pela injeção de recursos (nada menos do que R$ 26 bilhões), e de ânimo para o povo acreano. “Deixo meu agradecimento ao governo federal por olhar para o Acre no PAC, pelos recursos que foram aportados, inclusive para essas obras importantes”, disse Bestene, referindo-se ao Programa de Aceleração do Crescimento.

Créditos

O PT, por sua vez, está usando o Instagram do ex-governador Jorge Viana para lembrar que foi durante as gestões dele, do Binho e do Tião Viana que as obras da BR-364 mais avançaram graças aos recursos enviados pelos governos Lula e Dilma. Diz o texto que a BR-364, inaugurada nos anos 1960, representa o anseio de unir os extremos do Acre. “Mas você sabia que essa conquista tem raízes antigas?”, indaga.

Desafios

“Sua conclusão enfrentou desafios, até que nos anos 2000, o ex-presidente Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff investiram pesadamente para tornar esse sonho realidade. O primeiro PAC desempenhou um papel crucial na construção da BR-364 nos governos do PT no Acre, liderados por Jorge Viana, Binho Marques e Tião Viana. Um esforço conjunto que continua a moldar o destino da nossa região”, diz a nota no Instagram de JV.

Jornada

A nota do PT diz que a consolidação da BR-364 foi uma jornada inspiradora impulsionada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Executada pelo Deracre, a obra contou com mais de R$ 280 milhões em investimentos federais entre 2011 e 2015. O apoio político e a superação de obstáculos burocráticos abriram portas para quebrar o isolamento secular do Acre. Essa é uma história de resiliência, união e progresso. O Novo PAC escreve um novo capítulo na história do Acre, abrindo portas para um futuro brilhante e interligado para todos nós”.

Gratidão

Entretanto, o ex-deputado Moisés Diniz, atualmente na presidência da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre, lembrou que os três ex-governadores do PT nunca agradeceram ao governo federal pelos recursos enviados para a BR-364. Em vez disso, espalharam outdoors assumindo sozinhos a paternidade da obra. O comentário foi feito depois que o governador Gladson Cameli e a vice, Mailza Assis, fizeram em março passado um agradecimento público ao governo Lula pela ajuda de R$ 1 bilhão enviados para o Estado.

Gestos

“Eu assisti e li o governador Gladson Cameli e a vice-governadora Mailza Gomes informando e agradecendo o anúncio de 1 bilhão de Reais em investimento no Acre, do governo Lula, principalmente cerca de 900 milhões para a BR 364. Como eu votei em branco, posso sugerir: acho que, devido a baixíssima votação de Lula no Acre, algumas instituições e personalidades podiam fazer um gesto e soltar uma nota de agradecimento. Gestos assim ajudam o Acre em Brasília e deixam a disputa política para os anos eleitorais”, observou Moisés.

JB

“Filiando aqui o João Bittar, JB também, que nem eu. A única regra que não tem exceção é que todo JB é gente fina”, disse o ex-presidente Jair Bolsonaro durante ato de filiação ao PL de João Paulo Bittar, filho do senador Márcio Bittar, nesta terça-feira, 22. O senador Márcio Bittar (União) e o presidente do partido, Waldemar Costa Neto, participaram do evento, gravado em vídeo e postado no Instagram do senador. “Nasce aqui, com certeza, um grande futuro político neste Estado nosso que é o Acre, valeu!”, finalizou o ex-presidente.

Buiando

Como já se tornou uma praxe, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Administração (Sead), anunciou a antecipação do pagamento do salário dos 54.7 mil servidores ativos e inativos estaduais e do prêmio de valorização dos servidores da Segurança, gestores de políticas públicas e especialistas. O pagamento estará na conta dos servidores aposentados e pensionistas na sexta-feira (25), e, para os servidores ativos, na segunda-feira (28), sendo creditado em conta no sábado (26).

Prêmio

Aos gestores de políticas públicas, especialistas e servidores do Instituto Socioeducativo (ISE), Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC), Polícia Militar do Acre (PMAC) e Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), o pagamento do prêmio anual de valorização será efetuado também no dia 26 de agosto. No total, 4.877 servidores receberão o prêmio de valorização, previsto em lei, referente ao ano de 2022, em montante que soma mais de R$ 10 milhões.

Compromisso

O governador Gladson Cameli destacou que a gestão estadual vem se empenhando para, não somente pagar os salários dos servidores em dia, mas também antecipar esses pagamentos. “Esse é um dos nossos principais compromissos com os servidores. Uma forma de honrar aqueles que tanto se empenham para bem servir o povo acreano”, disse.

Integração

A gestora de políticas públicas Paola Alencar ressaltou que o gesto “é uma forma de valorizar e reconhecer que o trabalho desenvolvido pela classe é fundamental para o fortalecimento da administração pública do Estado”. O pagamento dos benefícios decorre de ação integrada entre a Sead e as secretarias de Planejamento (Seplan) e da Fazenda (Sefaz), visando garantir a melhoria dos serviços públicos prestados aos cidadãos.

Responsabilidade

“Com esforço e responsabilidade nas contas públicas do Estado, o governo segue mantendo o compromisso com o adiantamento salarial. A ação antecipa o pagamento do mês de agosto, garantindo os salários em dia dos mais de 54,7 mil servidores ativos e inativos, e pagamento dos prêmios de valorização, totalizando R$ 418 milhões, que serão injetados na economia local”, acrescentou Guilherme Duarte, secretário adjunto de Pessoal.

Negócios à parte

A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, deixou bem claro que prefere um corpo auxiliar técnico à um corpo político. Assim sendo, quando recusa indicações políticas para a chefia do Ibama nos estados, não está fazendo politicagem, mas fazendo administração. Esta é a razão por ter dado às costas para seus amigos históricos, Anselmo Forneck e Sibá Machado e nomeando uma servidora de carreira para o Ibama no Acre.

Especialista

Quiçá o Brasil tivesse em postos estratégicos técnicos qualificados como a engenheira Melissa Machado, nomeada por Marina Silva para a Superintendência do Ibama no Acre. Ela é graduada em Engenharia Civil e Direito, pós-graduada em Eng. do Controle de Poluição Ambiental e em Direito Ambiental, Agrário e Urbanístico. Atuou em acompanhamento de obras e medições de serviços, elaboração de orçamentos e desenvolvimento de programa de gestão de qualidade para construtoras. Foi consultora e auditora de programas de gestão de qualidade ISO 9001 pelo SENAI-DF em indústrias gráficas e de movelaria em Brasília.

Da casa

Melissa é funcionária concursada, tendo ingressado no Ibama em 2005 no cargo de analista ambiental com formação em Agente Ambiental Federal – AAF e Agente de Emergência Ambiental – AEA. O currículo da servidora é extenso. Ela também é analista de meio físico de processos de licenciamento ambiental federal desde 2008 para empreendimentos das tipologias hidrelétrica e linha de transmissão; Assessora Técnica de Gabinete, com atendimento ao público, elaboração de documentos, instrução processual e produção de minutas de decisões no processo sancionador ambiental.

Destronado

Ao trocar o MDB pelo Novo, o deputado estadual Emerson Jarude perdeu direito à cadeira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já que a vaga pertence à bancada do MDB. Jarude informou que foi pego de surpresa ao saber da sua retirada da CCJ minutos antes da sessão parlamentar desta terça-feira (22). “Eu apresentei um memorando para que caso essa retirada acontecesse, a gente fizesse a recontagem em todas as comissões”, observou Jarude.

Regimento

Um dos mais longevos deputados estaduais, Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição, aproveitou para lembrar que Jarude está amparado pelo regimento interno da Casa. “Se qualquer partido pedir a revisão das comissões em função de uma mudança, se suspende tudo para poder revisar, e só depois pode tramitar um projeto de lei”, explicou. Porém, Edivaldo lembrou que a composição das bancadas foi feita por construções políticas, e que os acordos precisam ser seguidos.

Acordos

O parlamentar defendeu que um novo acordo político precisa ser firmado entre os partidos, já que a decisão ‘radical’ de revisão, atrapalharia o governo, que seria prejudicado pelo entrave de apreciação de matérias, até mesmo Jarude, que poderia perder participação nas comissões. “É mais fácil um bom acordo, do que uma grande briga”. A mesma opinião teve o deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), que defendeu que os acordos firmados entre os partidos no início da atual legislatura sejam mantidos.

Sem recontagem

O vice-presidente da Casa, deputado Pedro Longo (PDT), lembrou que trocas de membros de comissões são comuns na Aleac, e que mesmo com a saída de Jarude, com o acordo político firmado, o MDB segue com a vaga na CCJ. Longo acompanhou Edvaldo, dizendo que uma recontagem geral das comissões poderia trazer problemas para o funcionamento da Casa. Após muita discussão, o presidente da Mesa, deputado Luiz Gonzaga, informou que deverá ser feita uma reunião, posteriormente, para definir a solução para o problema.

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