Volta e meia alguém me procura querendo saber como investir na bolsa de valores. Ações de empresas ou fundos imobiliários são os ativos mais populares. Uma das dúvidas recorrentes é com quanto dinheiro é possível começar ou quanto é a rentabilidade média mensal.
Bem, a primeira resposta eu digo com até dez reais é possível começar e a segunda, não há garantia de rentabilidade em ativos de renda variável, que são a grande maioria negociada e custodiada na B3-Brasil, Bolsa, Balcão, única bolsa de valores do Brasil, sediada em São Paulo-SP.
Digo isso porque os títulos públicos, também conhecidos como Tesouro Direto, são custodiados lá também e considerados como renda fixa.
São muitos os ativos encontrados lá, como além dos já mencionados, também existem outras categorias de produtos financeiros, como: ETFs-Exchange Traded Funds (normalmente é o mesmo que aplicar no desempenho de um conjunto de outros ativos financeiros); Opções de ações (reflete o desempenho do preço das ações de empresas listadas na Bolsa em um mercado específico); e, BDRs – Brazilian Depositary Receipts (representam ativos do exterior negociados na B3).
Tecnicamente falando, o melhor momento para investir em ativos seria quando eles estejam baratos comparados a outros do mesmo perfil, mas não é sob esse ponto de vista que eu vim te entregar a dose desse artigo.
Como o próprio título diz é sobre o melhor momento para você diversificar nesse tipo de aplicação. E para mim isso se dá quando você já conquistou sua reserva financeira de segurança.
Àquele dinheiro que vai ser suficiente para custear teu estilo de vida por alguns meses na hipótese de sua fonte de dinheiro novo se esgotar.
Uma boa referência seria o equivalente a 6 meses. Exemplo, se você precisa de R$ 2.000/mês para viver, sua meta seria juntar R$ 12.000 para ter uma reserva de 6 meses.
E essa quantia deve estar aplicada em investimentos de baixo risco que rendem melhor do que a caderneta de poupança como o Tesouro Selic ou um CDB de no mínimo 100% CDI.
Essa semana me indicaram para uma pessoa que tinha um dinheiro e queria investir na bolsa de valores. Fiquei lisonjeada pela indicação e animada para vender uma sessão de mentoria.
Mas ao fazer umas perguntas observei que o valor que ela tinha eram R$ 6.000,00 e estava desempregada. Nesse contexto, vejo que seria irresponsabilidade minha como educadora influenciar ela de alguma forma a aplicar em renda variável nessa situação, porque por mais que seja um ramo que me fascina o risco de oferta e procura tem uma volatilidade na qual poderia deixá-la em uma situação pior do que a atual pelo fato dos ativos poderem se desvalorizar ao invés de valorizar.
Dito isso, tome uma dose de cada vez. Primeiro organize o seu orçamento familiar, depois conquiste sua “poupança para alguns meses de vida” e só então eu mergulharia no universo das possibilidades ofertadas pela bolsa de valores, que te permite ganhar dinheiro investindo tanto para a subida quanto para a queda de preços. Formidável não é mesmo. Mas esse assunto podemos aprofundar mais em uma outra dose.