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Aliados querem operação casada de Lula para indicações STF-PGR, e Flávio Dino se fortalece

Por G1 Globo

Presidente Lula, durante cerimônia. Ao lado o ministro da Defesa Flávio Dino. Cristiano Mariz/O Globo

O nome do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino (PSB) desponta nos bastidores como um dos favoritos para a vaga que será aberta no STF (Supremo Tribunal Federal) pela saída da ministra Rosa Weber, que acontecerá em outubro.

No PT, há uma defesa aberta pelo nome de Jorge Messias – atual advogado-geral da União – por setores do partido. Outros, mais pragmáticos, defendem o nome de Bruno Dantas – também ligado ao MDB.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ocorre que o nome de Dino passou a ganhar força nos bastidores nas defesas de aliados de Lula por dois motivos principais:

  1. Querem influenciar na escolha da PGR e emplacar Antonio Carlos Bigonha no lugar de Paulo Gustavo Gonet Branco, e acreditam que, se o ministro do STF for um nome que não tenha apoio de ministros como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, Lula pode compensar com a escolha para PGR. Como Dino é nome que agrada a Gilmar e Alexandre, se for para o STF, o PT acredita que Lula não indicará um PGR que fortaleça mais a dupla – como ocorreria com Gonet;
  2. Existe uma corrente que acredita que uma vez fora do Executivo, Dino sairá do caminho do PT para sucessão presidencial no pós-Lula.

Se isso ocorrer, Dino no STF e Bigonha na PGR, a vaga do Ministério da Justiça também entrará em disputa. No páreo, citados nos bastidores, já figuram nomes como Messias, Marco Aurelio Carvalho, Capelli e Augusto de Arruda Botelho.

Segundo fontes do Planalto ouvidas pelo blog, Lula só vai pensar sobre o sucessor – ou a sucessora – de Rosa Weber no STF em outubro.

Quem defende Dino para o STF diz que, como o projeto de Lula hoje é sua própria reeleição, Dino poderia ir para o STF e, depois, sair da Corte e disputar a presidência da República.

Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, em 31 de agosto, Dino afirmou não ser candidato a uma vaga no Supremo, mas que perguntar a uma pessoa da área jurídica – como é seu caso – se quer ser membro da corte “é mais ou menos você perguntar a um jogador de futebol se ele quer ser da seleção”. Veja vídeo abaixo:

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