O dia 7 de setembro é uma das datas comemorativas mais importantes do Brasil, marcando um dos principais acontecimentos da história do país. Foi nesse dia, no ano de 1822, que o então príncipe regente Dom Pedro de Alcântara proclamou às margens do Rio Ipiranga o grito da Independência.
Apesar de a história contar sobre o grito “Independência ou Morte”, diversos eventos anteriores culminaram na emancipação brasileira. Inclusive, há outras versões que apontam que não houve exatamente um grito à beira do Rio Ipiranga, mas sim, a tomada de conhecimento de uma declaração assinada que colocava fim do domínio de Portugal sobre o país.
A Lei Federal número 662, publicada em 7 de abril de 1949, tornou o ‘Dia da Independência’ feriado nacional. O processo histórico de separação entre Brasil e Portugal se estendeu de 1808 a 1824.
Alguns acontecimentos antecedentes à independência do Brasil
A Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana e a Revolta Pernambucana de 1817, somadas à Revolução Francesa e à independência dos Estados Unidos, provocaram o enfraquecimento do colonialismo estabelecido por Portugal e reforçaram o liberalismo comercial no Brasil.
Em 1808, com a abertura dos portos, o país passou a ter mais liberdade econômica e após ser elevado à categoria de Reino Unido, deixou de ser, formalmente, uma colônia.
Em 1820, a burguesia portuguesa tentou resgatar sua supremacia comercial, fomentando a Revolução Liberal do Porto. No ano posterior ao acontecimento, o parlamento português exigiu o retorno do príncipe regente Dom João 6º para Portugal, além de juramento de lealdade à Constituição Portuguesa.
Com a volta de dom João, seu filho, dom Pedro, foi deixado no Brasil, na condição de príncipe regente, para conduzir uma eventual a separação política.
As pressões contra o domínio de Portugal cresceram no Brasil, por conta disso, a corte exigiu a volta de dom Pedro. Foi então que no dia 9 de janeiro de 1922 (Dia do Fico) o príncipe respondeu a coroa com a frase “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico”.
Teve início, então, a um esforço político por parte dos ministros e conselheiros de dom Pedro, para a permanência dos vínculos com Portugal e que garantisse um pouco de autonomia para o Brasil. No entanto as críticas ao colonialismo ficaram insustentáveis, fazendo com que dom Pedro, ficasse ainda mais pressionado a oficializar o rompimento.
Maria Leopoldina, esposa de dom Pedro teve um importante papel na separação dos países, na condição de princesa regente, acreditava que a separação entre Brasil e Portugal deveria acontecer e assinou as cartas pedindo para que Dom Pedro proclamasse a independência.
Dias depois, conta a história, quando estava em São Paulo, Dom Pedro I proclamou às margens do Rio Ipiranga “Independência ou morte”.