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Estudantes da Ufac marcam protesto após suposto caso de assédio sexual no curso de História

Por Matheus Mello, ContilNet

Os estudantes do curso de História da Universidade Federal do Acre (Ufac) organizam um protesto nesta quarta-feira (6), após denúncias de suposto assédio moral, importunação sexual e ameaças que teriam ocorrido desde 2020, feitas por um acadêmico do curso.

O Centro Acadêmico Pedro Martinello, do curso de Bacharel em História, encaminhou uma nota denunciando e repudiando as denúncias. De acordo com a nota, a reitoria da Ufac foi avisada sobre o caso, porém, não tomou alguma decisão cabível. Chamando a reitoria de ‘omissa’, os alunos disseram que denúncias envolvendo o discente já são registradas desde 2020.

“O problema estende-se desde o ano de 2022 com o estopim ocorrido mês de agosto, com novamente um caso de importunação sexual. Dessa forma, foi feito uma mobilização entre CA, coordenação e discentes conseguindo articular um processo disciplinar e o afastamento do indivíduo. Porém, com a falta de transparência e decisão por parte da reitoria, o aluno voltou a frequentar o ambiente do curso, o que coloca em risco alunas, professoras e funcionárias do bloco”, disse a nota.

Segundo uma denúncia feita ao ContilNet por Caio Tavares, um aluno do curso, o suposto assediador teria sido proibido de frequentar as aulas por um mês. Porém, esse período foi encerrado e após isso, em agosto, o homem voltou a realizar os assédios.

“Ele voltou a frequentar as aulas, inclusive hoje ele apareceu dentro do nosso bloco, a aula que a gente tinha foi cancelada por motivos de segurança, porque os alunos se sentem acuados com a presença dele”, disse.

A coordenação do curso também tem ciência do caso. De acordo com Caio, o acusado também realizou ameaças e assédios contra as servidoras da coordenação.

“Em relação ao caso mais recente, uma sindicância de professores foi aberta para discutir o caso, e o aluno foi suspenso por 30 dias, a nossa coordenadora sempre trazia novas informações sobre o caso, mas é isso, a suspensão de 30 dias acabou e nós estamos com medo de frequentar as aulas com ele presente”.

Os alunos exigem que o acusado seja jubilado e proibido de circular no bloco, e no campus Ufac. “Tendo em vista que o caso foi levado à esfera judicial através de Boletins de Ocorrência. Não aceitaremos menos que isso”.

A Ufac se posicionou através de nota de esclarecimento publicada no site oficial da instituição.

Veja a nota na íntegra:

A Reitoria da Ufac esclarece que, em relação ao caso de aluno acusado de assédio e ameaças contra alunos e servidores da universidade, assim que a denúncia chegou ao gabinete, foram tomadas estas medidas: suspensão imediata do aluno e instauração de inquérito disciplinar. Esta semana, a suspensão foi renovada e o Conselho Universitário (Consu) será convocado para deliberar sobre a possibilidade do desligamento definitivo do discente.

O caso foi relatado em comunicado da Coordenação do curso de História (bacharelado), o qual trata de eventos ocorridos em 26 de julho, no campus-sede, que resultaram em intervenção da Polícia Militar. A Reitoria reitera que adotou as medidas regimentais cabíveis contra a suposta conduta incompatível com a convivência acadêmica e que o processo está em andamento até que se tenha a emissão do parecer da comissão de inquérito disciplinar, responsável por apurar os fatos.

“Já mostrei o pau pra todo mundo”

O caso mais recente de assédio envolvendo o aluno aconteceu nesta terça-feira (5). Em um vídeo enviado ao ContilNet, o acusado faz comentários explícitos de cunho sexual nos corredores do bloco do curso.

Veja:

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A manifestação está marcada para acontecer nesta quarta-feira (6), no hall da reitoria da Ufac.

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