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Viadutos do governo e da prefeitura vão deixar capital acreana com cara de cidade grande

Por Tião Maia, ContilNet

Nos seus 124 anos de fundação, Rio Branco aos poucos vai perder a cara e o jeito de cidade interiorana, com suas ruas apertadas e de dificuldade do tráfego e entrar de vez, a partir deste ano, na era dos viadutos e elevados capazes de ajudar na trafegabilidade do trânsito digno de uma capital.

Na manhã da última sexta-feira, assim que o prefeito da Capital, Tião Bocalom (Progressistas), anunciou as ordens de serviços para construir um viaduto de mais de quase 130 metros de extensão na Estrada Dias Martins, o Governo do Estado, embora não exerça uma concorrência explícita com a administração municipal, também mandou avisar que está nos últimos preparativos para também construir o seu viaduto, o viaduto estadual.

A obra será exatamente na confluência das avenidas Ceará com a Getúlio Vargas, no centro da Capital. Ali, também desde sexta-feira (29), pelo menos 75  imóveis foram cadastrados para serem desapropriados e retirados para a construção do viaduto no local. É o que está publicado no Diário Oficial do Acre (DOE) em decreto autorizando a desapropriação de uma área correspondente a 125.549,509 m² entre as avenidas.

A obra faz parte de um dos compromissos de campanha do então candidato a governador Gladson Cameli (Progressistas). Segundo o governador, a  implantação do complexo viário visa promover investimento em infraestrutura de transporte para criar melhores condições de mobilidade urbana no Centro de Rio Branco.

Viaduto | Modelo

A desapropriação dos imóveis no caminho por onde a obra vai passar conta com equipes da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop). Já a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) é responsável pelas medidas administrativas e judiciais para a efetivação do processo de desapropriação. A obra está avaliada em R$ 21 milhões, sendo parte de emenda parlamentar e o restante do governo.

Ítalo Lopes,, secretário de Obras do Acre, anunciou que os proprietários dos imóveis foram chamados para uma reunião na Secretaria de Estado de Governo (Segov) para uma apresentação de como será o projeto e as ações.  O gestor destacou que a desapropriação começa a partir da publicação do decreto.

Ítalo Lopes | Foto Juan Diaz

“É uma intervenção muito importante para a cidade e também causa diferentes sensações nas pessoas, principalmente do Centro e aquela região. Estamos na fase de visitas, todos os 75 proprietários já foram visitados pela nossa equipe, já dialogamos e apresentamos para eles como será feito o projeto. Verificamos exatamente qual a interferência do alargamento da Avenida Ceará com o terreno ou imóvel do proprietário, a gente desapropria, fazemos a indenização e entra fazendo as demolições e afastamentos”, anunciou.

 

A ordem de serviço deve ser assinada em outubro e o primeiro imóvel a ser demolido será da própria Segov, que fica em frente ao Colégio de Aplicação, onde já funcionou o prédio da chamada Imprensa Oficial, Serda e recentemente as secretarias de Pequeno Negócio e de Turismo. A demolição, no entanto, será iniciada com o afastamentos e medidas de segurança dos dos imóveis. “Não vamos atuar de maneira ostensiva na própria via. Isso não deve trazer transtornos para quem utiliza aquela região do Centro, principalmente no cruzamento da Avenida Ceará com a Getúlio Vargas”, disse Ítalo Lopes.

Ítalo Lopes foi nomeado no final de maio e assumiu a pasta em junho. Foto: ContilNet

As obras, serão iniciadas no verão do ano que vem. “É muito importante dizer que a obra do complexo da Avenida Ceará começa agora em outubro, quando vamos assinar a ordem de serviço, iniciar a demolição do prédio da Segov. Nessas demolições, eventualmente teremos caminhões e caçambas carregando entulhos, mas é algo muito pontual. Só devemos ter uma intervenção de maneira mais forte no verão de 2024, quando, de fato, a gente vai fazer as escavações e executa o viaduto que passa naquele trecho”, afirmou. 

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