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Imprensa nacional diz que morte de Chico Mendes foi um dos crimes que mais causou “revolta” no Brasil

Por Suene Almeida, ContilNet

O jornal Correio Braziliense classificou o assassinato do líder seringueiro Chico Mendes, como um dos casos de maior revolta e perplexidade no Brasil. O ativista ambiental foi morto a tiros aos 44 anos, em 1988, no Acre.

Chico Mendes. Foto: Reprodução

A morte de Chico Mendes está em uma lista junto a outros crimes que chocaram o país, como os assassinatos o de Isabella Nardoni, de 5 anos, que foi jogada pela janela de um apartamento, no sexto andar de um prédio em São Paulo. O Pai e a madrasta foram condenados pelo crime; Patrícia Aciole, juíza de 47 anos que foi assassinada com 21 tiros, em 2011, por dois militares que estavam sendo julgados por ela em Niterói; o Massacre de Realengo, no qual doze estudantes de uma escola no Rio de janeiro foram mortos a tiros por um estudantes, em 2011, dentre outros casos. Veja aqui: Assassinatos que causaram revolta e perplexidade no Brasil (correiobraziliense.com.br).

Quem foi Chico Mendes

Em dezembro deste ano fazem 35 anos da morte de Chico Mendes, assassinado em sua casa, em Xapuri, no dia 22 de dezembro de 1988.

Chico Mendes no quintal de sua casa em Xapuri, Acre, Brasil, em julho de 1988. Foto: Miranda Smith/Wikimedia Commons

A morte de Chico Mendes evidenciou ainda mais os conflitos fundiários na região e a questão do desmatamento. Em 1990, foi criada uma Reserva Extrativista (Resex) batizada em sua homenagem. A reserva abrange sete municípios do Acre em uma área de quase 1 milhão de hectares de floresta preservada. Em 2007, a então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fundou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), uma autarquia federal responsável pela gestão das unidades de conservação da natureza do Brasil.

Diferente dos casos de outros líderes sindicais mortos no Acre dos anos 80, os suspeitos de planejar e matar Mendes foram logo identificados e presos. Eram eles o fazendeiro Darly Alves da Silva e seu filho Darci Alves Ferreira.

Duas semanas antes, em entrevista ao jornalista Edilson Martins, Chico Mendes anunciou que estava sendo ameaçado de morte pelos irmãos Darly e Alvarinho Alves, da Fazenda Paraná. Contava, inclusive, com policiais militares que lhe faziam segurança 24 horas por dia.

Darly e Darci foram condenados em 1990 a 19 anos de detenção. Eles fugiram da prisão em 1993, e foram recapturados em 1996. Em 1999, Darly saiu do presídio para cumprir o restante da pena em prisão domiciliar, alegando problemas de saúde. Darci, no mesmo ano, ganhou o direito de cumprir o restante da pena em regime semiaberto.

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