Francisco Gomes Queiroz, 1º sargento da Polícia Militar e segurança de uma casa noturna de Rio Branco, envolvido no caso de Laércio Santos, que morreu após mais de um ano acamado depois de ser encontrado desacordado com uma rachadura no crânio na calçada do estabelecimento, foi condenado a pagar indenização de R$ 120 mil, além de pensão vitalícia para a esposa e pensão alimentícia para a filha da vítima.
O militar trabalhava como segurança na casa noturna na época do crime, e teria agredido Laércio durante uma confusão. A vítima que na época tinha 35 anos, estava no local com amigos, e foi achada desacordada por um conhecido, com uma rachadura no crânio do lado de fora do estabelecimento.
Ao acreditar que Laércio estava bêbado e sem perceber o ferimento, a pessoa o levou para casa, entregando-o para a esposa dele. No dia seguinte os familiares, então, perceberam familiares perceberam a gravidade da situação e buscaram ajuda médica e Santos precisou fazer uma cirurgia na cabeça.
Após as agressões ele passou a viver acamado, se alimentava por sonda, usava fraldas descartáveis, não falava, nem andava e dependia da ajuda dos familiares. No dia 20 de agosto, ele precisou voltar para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde passou por uma nova cirurgia, no entanto, seu quadro se agravou e ele não resistiu.
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A família da vítima entrou na Justiça contra o PM e a casa noturna, pedindo indenização por danos morais e estéticos, além de pensão vitalícia. No dia 29 de agosto, a 2ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) condenou Francisco Gomes por Danos Morais e Danos Estéticos, que somados dão o total de de R$ 60 mil para a esposa de Laércio e R$ 60 mil para a filha.
O Militar foi condenado, ainda, ao pagamento de ¼ do salário mínimo para a filha de Laércio até ela completar 25 anos e pagamento de ¼ do salario mínimo para a esposa. A defesa de Francisco disse que irá recorrer da sentença.
Já a casa noturna fez um acordo em maio deste ano e se comprometeu a pagar indenização por danos morais, no valor de R$ 150 mil em 30 parcelas de R$ 5 mil, além de pensão para a esposa e filha da vítima.