Léo Lins usou as redes sociais para se pronunciar, após ter R$ 300 mil bloqueados pela Justiça em suas contas bancárias. O humorista é réu em um processo, sob acusação de “promover ódio e enredos discriminatórios, injuriosos e humilhantes, notadamente contra negros, pessoas com deficiência e nordestinos”.
Em reação ao bloqueio, Léo comparou o Ministério Público ao Estado Islâmico. “Tenho certeza [de] que as pessoas envolvidas no meu processo creem agir em nome do bem. […] O Estado Islâmico, por exemplo, comete atrocidades em nome do bem. […] Não estou dizendo que o MP é o EI. A ideia é mostrar que em nome do bem, erros podem ser cometidos.”
O humorista também citou a suspensão de seu canal no Youtube por 90 dias. “Irônico, [em] uma época [em] que [se] fala tanto em diversidade, proibir a diversidade de pensamento”, protestou.
Foto: Reprodução / Instagram
Segundo o Ministério Público de São Paulo, o bloqueio nas contas de Léo foi autorizado após o humorista resistir a pagar multas impostas anteriormente. Ele é investigado por uma força tarefa do Ministério Público com o auxílio do CyberGaeco e da Promotoria de Direitos Humanos.
Se condenado, Léo Lins pode responder à pena de 4 a 10 anos de reclusão. Ainda conforme o MPSP, ele chegou a recorrer das primeiras medidas cautelares, mas a Justiça negou os pedidos da defesa.