Pimenta: brasileiros querem punição e indenizações por vítimas de Covid-19

Para 62%, Bolsonaro é culpado pela morte de 700 mil na pandemia

Foto: Dhárcules Pinheiro/Arquivo pessoal

Julgamento

Um levantamento realizado pelo Centro de Estudos SoU Ciência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que 51,5% da população quer que os crimes associados a mais de 700 mil mortes pelo novo coronavírus no Brasil sejam julgados e condenados. O levantamento aponta que, para 62,1% dos entrevistados, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e o Ministério da Saúde foram os principais responsáveis pelas mortes. Para os entrevistados, se a conduta tivesse sido outra, haveria menos óbitos.

CPI

Os resultados da pesquisa mostram que apenas 38,4% dos bolsonaristas acreditam que as vacinas têm eficácia comprovada, contra 75% dos eleitores do petista. O levantamento apurou que 76,5% dos entrevistados disseram ter acompanhado a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, comissão realizada no Senado Federal em 2021, e que esse acompanhamento foi essencial para dar embasamento às opiniões.

Reparações

O estudo perguntou qual seria a forma para a reparação dos crimes. As três providências sugeridas pelo estudo para reparar os crimes que tiveram maior adesão foram: 1) criar uma Comissão da Verdade para apurar os crimes (44,7%), 2) indenizar as vítimas, crianças que perderam pai e/ou mãe (39%) e 3) criar um Tribunal Especial para acelerar os julgamentos (38,3%).

Religião

O estudo apurou que as indenizações foram mais aceitas entre as pessoas de outras religiões (45,1%) — grupo que reúne espíritas, candomblecistas, umbandistas, budistas, etc — que ganha de três a cinco salários mínimos (45,0%) e estudaram até o ensino médio (43,3%). E menos aceitas entre os que estudaram até o ensino fundamental (28,8%), que ganham mais de cinco salários (31,1%) e menos de um salário (35,4%).

SUS

A maioria dos entrevistados (52,4%) disse ainda que, para prevenir ou reduzir a mortalidade de uma possível epidemia ou pandemia futura, a melhor opção é o aumento de investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Para 46,5%, o melhor caminho é ampliar o investimento em ciência e pesquisa e 38,7% aumentar a produção de vacinas com tecnologia nacional.

Polarização

A pesquisa apurou que, em relação à preferência eleitoral, os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro tomaram 58 milhões de doses a menos de vacinas contra a Covid-19 do que os do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Considerando o sistema vacinal completo, os que votaram em Lula receberam 38% a mais de doses dos imunizantes contra a Covid-19 do que os eleitores de Bolsonaro.

Vacinas

“Esse índice confirma a diferença da adesão a outras campanhas de vacinação (como sarampo, poliomielite e influenza) por lulistas e bolsonaristas: 83% e 65%, respectivamente. No caso da vacinação infantil contra a Covid-19, a disparidade é ainda maior. Os 76% eleitores de Lula são favoráveis e apenas 39% dos eleitores de Bolsonaro concordam”, disse a Unifesp.

Negação

Outro ponto levantado pela pesquisa diz respeito à confiança nas vacinas. Os resultados mostraram haver uma disparidade enorme entre esses eleitores. Apenas 38,4% do total dos bolsonaristas concordam que “as vacinas são amplamente testadas e têm eficácia comprovada”, contra 75% dos eleitores do petista. Além disso, 13% dos eleitores de Bolsonaro disseram que habitualmente tomavam vacinas, mas deixaram de fazê-lo na pandemia do novo coronavírus.

Kit covid

A pesquisa mostrou que o fator renda também influenciou diretamente no tratamento que os pacientes infectados receberam. O chamado Kit Covid (coquetel que inclui Cloroquina, Ivermectina, Azitromicina, entre outros fármacos sem comprovação científica contra a doença), defendido pelo ex-presidente, foi distribuído em maior quantidade para quem ganhava menos de um salário mínimo (63%) e em menor quantidade para quem recebia acima de cinco salários (32%).

Metodologia

A Pesquisa de Opinião Covid-19, Vacina e Justiça, realizada em parceria com o Instituto Ideia, ouviu 1.295 entrevistados, via celular, de todas as regiões do país, com idade igual ou superior a 18 anos. As entrevistas foram feitas entre os dias 5 e 10 de julho, com intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 3%, e levantaram opiniões sobre a pandemia de grupos de diferentes condições socioeconômicas, religiões, raças/cores, escolaridades, além da dimensão política ideológica.

Sem palanque

A tradicional Marcha Para Jesus versão 2023 na tarde de sábado (9), reuniu entre 10 mil, 15 mil ou 20 mil pessoas dependendo do ponto de vista de cada observador. A classe política marcou presença, como os prefeituráveis Marcus Alexandre (MDB) e Alysson Bestene (PP) e a vice-governadora Mailza Assis. Mas não puderam discursar, apenas ajoelhar e rezar.

Organização

O que chamou a atenção, além do enorme público, foi a organização do evento, muito bem planejado pela Associação de Ministros Evangélicos do Acre (Ameacre) e igrejas evangélicas com apoio do Governo do Acre. Para os organizadores pelo menos 15 mil espectadores participaram do ato. A organização do trânsito ficou a cargo do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), a Coordenadoria Integrada de Fiscalização de Trânsito (CIFTran) e a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Rio Branco (RBTrans), responsáveis pela orientação dos veículos. Polícia Militar e Corpo de Bombeiros organizaram o esquema de segurança.

Show

O governo garantiu, também, toda a segurança dos fiéis através das instituições de segurança pública do Estado. A concentração foi na Gameleira, e, em seguida, os participantes caminharam até o estádio Arena da Floresta para assistir ao show de encerramento com a cantora Isadora Pompeo. Participaram várias lideranças evangélicas de todo o estado.

Festa

A vice-governadora Mailza esteve presente, disse que o é um dia para demonstrar a união e fé do povo cristão acreano e ressaltou a importância desse momento. “Todos anos eu participo e sempre me surpreendo com a festa que se torna, para honra e glória de Deus. Muitas famílias escolheram dedicar esse momento a Deus. Parabéns aos organizadores. Tudo muito lindo e com segurança”, afirmou.

Comunhão

Presidente da Ameacre e coordenador da Marcha, pastor Eldo Gama, declarou que a data é importante por envolver toda a comunidade cristã e representa “um momento de comunhão entre o povo de Deus, que se reúne para orar e para que todo o Acre e seu povo sejam prósperos e abençoados. O mais forte é a união de todos para proclamar o nome de Jesus”.

Voo diurno

A partir de 2 de novembro os acreanos já poderão voar de Rio Branco a Brasília durante o dia. A novidade foi relatada pelo ex-governador Jorge Viana em vídeo postado do aeroporto de Brasília enquanto fazia uma escala de viagem entre Belém a Porto Alegre em missão como presidente da Apex (Agência Brasileira de Exportação e Investimentos). Os voos partirão de Brasília às 8h30 e de Rio Branco às 14h25. O preço da passagem ida e volta se comprada nesta segunda-feira (11), sai por aproximadamente R$ 2.200,00 sem bagagem despachada.

Funasa

O senador Sergio Petecão está em busca de desenterrar cerca de R$ 20 milhões em convênios para obras de saneamento básico firmados entre a quase morta Funasa (Fundação Nacional de Saúde) com municípios do Acre. Os recursos foram acordados entre a fundação e 19 municípios acreanos entre os anos de 2015 a 2021 quando o governo Bolsonaro decidiu sepultar a autarquia por decreto lei. Petecão destacou que esses valores em atraso têm causado muita preocupação aos prefeitos, uma vez que vários convênios aguardam a liberação financeira desde o final do ano passado.

Ressurreição

De acordo com o presidente da Funasa, Alexandre Motta, a autarquia está passando por uma reorganização devido ao processo de extinção proposto pelo governo Bolsonaro em medida provisória, revertida pelo governo Lula. Motta informou que todo o quadro de pessoal foi realocado para outras pastas e a equipe atualmente é muito reduzida. No entanto, espera-se para os próximos dias que um novo efetivo seja incorporado para dar continuidade aos projetos e agilizar os pagamentos dos convênios que estão em atraso.

Reunião

As tratativas para a liberação dos recursos estão sendo realizadas pelo senador Sergio Petecão com apoio de Regina Maia, gerente em Brasília com escritório da Associação dos Municípios do Acre (Amac). Em reunião com o presidente da Funasa, o senador enfatizou a importância da autarquia para os municípios de pequeno porte – de até 50 mil habitantes -, ressaltando ser este o único órgão federal que atende a essa faixa populacional.

Professor especial

A deputada federal Socorro Neri (PP) deu parecer favorável a projeto de lei que estabelece habilitação, atribuições e jornada de trabalho específicos a professores que lidam com aluno com deficiência sensorial, cognitiva ou motora. De autoria da deputada Clarissa Garotinho, o projeto foi aprovado no âmbito da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Previsão

Em seu relatório, a deputada afirma ser imprescindível que as escolas tenham professores devidamente capacitados para atender à diversidade educacional existente na população escolar. “Aliás, já existe esta previsão na Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, no Plano Nacional de Educação e na Lei das Diretrizes e Bases da Educação”, salientou.

Cursos

Neste sentido, a parlamentar lembra que o próprio Conselho Nacional de Educação orienta que os cursos de licenciatura destinados à Educação Básica incluam em suas cargas horárias, “conhecimentos e conceitos básicos da Educação Especial, para o atendimento dos estudantes com deficiência e necessidades especiais”.

Essencial

Doutora em Educação, Socorro Neri concorda ser estritamente necessária a qualificação de educadores para o atendimento à diversidade e diferenças na sala de aula, “com respeito às limitações das pessoas”. E para isto, assegura a deputada, a formação adequada e específica dos professores é essencial para lidar com pessoas com deficiências, transtornos, distúrbios, dificuldades “e, sobretudo, saber diferenciá-los entre si”.

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