A suspensão de venda de iPhone 12 na França por excesso de radiação eletromagnética acendeu o alerta em mais países da Europa. A Bélgica informou nesta quinta-feira que vai revisar os riscos à saúde relacionados ao smartphone da Apple, lançado em 2020.
A Apple, que lançou o iPhone 15 nesta terça-feira, contesta as alegações das autoridades francesas e nega que haja riscos à saúde, alegando que o modelo foi certificado por vários organismos internacionais como compatível com os padrões de radiação.
No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que o assunto chegou ao conhecimento da área competente nesta quarta-feira. A reguladora acrescentou que uma equipe está se reunindo com os organismos de certificação e os laboratórios para organizar uma supervisão de mercado.
Paris decidiu suspender as vendas do iPhone 12 até que a Apple resolva os problemas de radiação detectados em dois testes realizados por laboratórios credenciados . De acordo com a agência francesa que regula as frequências, a ANFR, os testes revelaram que este modelo emite mais ondas eletromagnéticas suscetíveis de serem absorvidas pelo corpo do que é permitido.
O órgão declarou ter ordenado “a retirada do iPhone 12 do mercado francês a partir de 12 de setembro”. O modelo, no entanto, não está disponível para compra na França e em outros países europeus. No entanto, pode ser comprado em sites de terceiros, como o Amazon França.
Nas últimas duas décadas, pesquisadores realizaram um grande número de estudos para avaliar os possíveis riscos à saúde pelo uso dos telefones celulares. Mas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nenhum efeito adverso foi estabelecido como sendo causado pelo uso desses aparelhos.
Mathieu Michel, Secretário de Estado da Digitalização da Bélgica, informou que entrou em contato com o IBPT-BIPT, órgão regulador do setor no país, para solicitar uma análise sobre o perigo potencial do iPhone 12 e, posteriormente, de todos os smartphones da Apple e de dispositivos fabricados por outras empresas.
O BNetzA, órgão regulador de redes da Alemanha, disse que está acompanhando o processo na França, e avaliando se a medida pode ser adotada para o mercado alemão. Embora não veja riscos graves à segurança dos usuários, o órgão holandês de vigilância digital pediu explicações a Apple e está analisando a questão.