Avião de pequeno porte que caiu é chamado de o ‘jipe dos ares’

O monomotor turbo-hélice é o mais vendido no mundo

A aeronave que caiu em Rio Branco, no Acre, na manhã deste domingo, se trata de um modelo Caravan. Nos anos 80, os aviões eram pequenos ou muito grande, e quendo se precisava de um havia multifunção de médio porte as aeronaves tinham de ser adaptadas. A Cessna Aircraft , fabricou o Cessna Caravan para esse segmento e lançou em 1984.

Gráfico da aeronave Cessna Caravan — Foto: Arte OGLOBO

Gráfico da aeronave Cessna Caravan — Foto: Arte OGLOBO

A característica da aeronave em ser robusta, leve e de baixo custo, possibilita que ela pouse e decole em pistas de terra. Por isso, o Cessna Caravan, ganhou o apelido “avião 4×4”, ou “jipe dos ares”. O modelo teve a capacidade de operar em regiões remotas com pouco apoio, como a região Norte do Brasil. Por isso, seu uso vai de transporte de passageiros e de cargas ou em operações militares.

O motor usado no Caravan é um turbo-hélice e pode fazer a aeronave atingir a velocidade máxima de 343 km/h. Seu alcance pode chegar a até 2 mil km, dependendo do peso carregado.

De executivo a anfíbio

A medida que o Caravan foi ganhando espaço no transporte executivos o seu interios foi sendo modificado, como por exemplo, ar-condicionado e assentos especiais, que diminuíram o espaço para bagagens.

Em1986 com o lançamento do Grand Caravan, conhecido como Cessna 208B. Foi adicionado um bagageiro na parte de baixo da sua fuselagem que foi alongada em 1,2 metro.

Bagageiro do Cessna Grand Caravan — Foto: Arte O GLOBO

Bagageiro do Cessna Grand Caravan — Foto: Arte O GLOBO

Foi desenvolvida a versão anfíbia que no lugar do trem de pouso fixo tem flutuadores. Mas, nessa versão os pneus continuam embutidos guardados nos flutuadores para caso a aeronave precisa usar uma pista convencional ou de terra.

O Cessna com flutuadores — Foto: Arte O GLOBO

O Cessna com flutuadores — Foto: Arte O GLOBO

A versatilidade do Caravan fez a aeronave ser utilizada em linhas comerciais , no transporte executivo, na prática do paraquedismo e pela Força Aérea Brasileira, como avião-utilitário. A modelo se popularizou também por sua autonomia e capacidade em alcançar vilarejos distantes ou cidades de pouco infraestrutura para pouso e decolagem. Por isso, seu grande uso no país, em especial, na região Norte.

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