Cadeirante é condenado a 24 anos de prisão por crime cometido quando ainda não era paraplégico

Condenado, por causa da deficiência, vai poder recorrer da sentença em liberdade; “Jibóia” foi atingido com tiro nas costas

Cadeirante e completamente dependente da ajuda de terceiros para atividades básicas, Wanderson Oliveira da Silva, conhecido como Jibóia, terá que cumprir 24 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, por assassinato. Ele foi condenado pelo Tribunal do Júri Popular na quarta-feira (25) pelo assassinato de Glaison Conceição Pereira, membro de uma facção rival à sua.

Wanderson Oliveira da Silva. Foto: Reprodução

Wanerson Oliveira da Silva vivia em casa, cumprindo prisão em regime domiciliar, exatamente por conta da sua deficiência. Mas, ao ser condenado, deve ser levado ao presídio, embora a juíza Luana Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri Popular, tenha lhe concedido o direito de recorrer da condenação em liberdade.

O crime cometido por Wanderson, antes de se tornar cadeirante, ocorreu 25 de dezembro de 2018, no Ramal da Piçarreira, região do Polo Benfica. Wanderson e um comparsa invadiram a casa da vitima e fizeram vários disparos. Glaison chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

No ano seguinte, em fevereiro, “Jiboia” foi atingido, com um tiro nas costas, por um policial aposentado, quando, segundo a investigação, pretendia assassinar outra pessoa. Com o ferimento, ele ficou paraplegíco.

Pelo assassinato de Glaison, já tinham sido condenados Vera Lucia Ferreira, apontada como mandante e Queliton Zaine da Silva, que teria executado a vítima na companhia de Wanderson.

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