ContilNet Notícias

Concurso Nacional Unificado: edital previsto para dezembro; 6,5 mil vagas

Por Concursos no Brasil

A primeira edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) deve ter o edital lançado ainda em 2023, ofertando 6,5 mil vagas imediatas em 20 órgãos federais. A confirmação do quantitativo foi dada pelo governo federal no dia 29 de setembro em coletiva de imprensa. As oportunidades vão contemplar profissionais de níveis médio, técnico e superior, promovendo a realização de prova única.

A coletiva realizada pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), criador do novo formato de seleção, aconteceu logo após a publicação do decreto regulamentando o CNU. Após o anúncio, a pasta divulgou nota oficial pontuando os objetivos de reunir vários órgãos em um único certame. São eles:

De acordo com o MGI, a inspiração para o Concurso Nacional Unificado veio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova para os vestibulando é aplicada de forma igual em todo o território brasileiro, permitindo que todos os estudantes de ensino médio tenham acesso às vagas em Universidades Públicas.

A partir disso, o governo federal entendeu a necessidade de descentralizar as provas de concurso e levar a avaliação para localidades que, no formato tradicional, não participariam da seleção. Tendo isso em vista, o MGI apelidou o certame unificado de Enem dos Empregos, uma vez que o objetivo principal é levar as vagas do serviço público a pessoas que antes não poderiam concorrer a elas.

Situação atual do Concurso Nacional Unificado

O CNU está em fase de organização ainda. Com a confirmação dos 20 órgãos que resolveram aderir ao novo formato de seleção, o próximo passo é a Comissão de Governança estabelecer os prazos e diretrizes para os trâmites do certame. Esse grupo é responsável por implementar o Concurso Nacional Unificado de maneira eficaz.

Juntamente com a Comissão, estará o Comitê Consultivo e Deliberativo que irá trabalhar diretamente com a aplicação do CNU. Ele ficará responsável pela produção de editais, provas e demais planos práticos da seleção. Ambos deverão ser compostos por servidores das seguintes entidades públicas:

De acordo com o cronograma divulgado pelo MGI, a expectativa é de que as etapas de organização sejam concluídas em dois meses, a fim de lançar o edital do Concurso Nacional Unificado em dezembro. O prazo estabelecido pela pasta para a liberação do documento é dia 20/12.

É possível que sejam publicados até oito editais, considerando os blocos temáticos nos quais os órgãos serão divididos. Dessa maneira, ficará mais fácil a separação do conteúdo específico que será cobrado dos candidatos.

Confira o cronograma previsto

Quais são as vagas do Concurso Nacional Unificado?

Foram confirmadas mais de 6,5 mil vagas no Concurso Nacional Unificado para contratação de servidores que irão trabalhar junto ao Poder Executivo. Os interessados em participar da seleção, poderão escolher mais de um cargo dentro da mesma área de atuação desejada. Para isso, as funções deverão pertencer a órgãos diferentes.

Desse modo, cada pessoa só poderá concorrer a uma vaga por órgão considerando o bloco temático selecionado. As oportunidades oferecidas serão para:

Advocacia-Geral da União

AGU vai oferecer 400 vagas de nível superior para a área Administrativa, nos cargos de:

Agência Nacional de Energia Elétrica

Aneel confirmou abertura de 40 vagas para nível superior na função de Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia.

Agência Nacional de Saúde Suplementar

ANS vai ofertar 35 vagas para nível superior pelo Concurso Nacional Unificado, no cargo de de Especialista em Regulação de Saúde Suplementar.

Agência Nacional de Transportes Aquaviários

Antaq teve 30 vagas para nível superior autorizadas. Todas as oportunidades serão para a função de Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários.

Fundação Nacional dos Povos Indígenas

A participação da Funai no CNU vai contar com:

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBGE foi um dos últimos órgãos a confirmar adesão ao Concurso Nacional Unificado. De acordo com as liberações, serão:

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

Inicialmente, o Incra havia negado a inclusão no CNU. Contudo, por dificuldades orçamentárias para promover o próprio concurso, a entidade voltou atrás na decisão. Ao entrar para o Enem dos Empregos, o Instituto vai oferecer cargos de nível superior:

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

MAPA também teve oportunidades autorizadas pelo governo federal e acabou aderindo ao Concurso Nacional Unificado. A oferta será para:

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Ao todo, são 814 vagas autorizadas para profissionais de nível superior. Os contratados serão lotados no próprio MCTI ou em outros 16 unidades vinculadas à pasta. Os cargos oferecidos são de:

Ministério da Cultura

Outra das autorizações que acabaram entrando para o Enem dos Empregos foi do MinC, que vai oferecer 50 vagas para Analista Técnico-Administrativo. O requisito para esse cargo é ter nível superior.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

MDIC não ficou de fora do Concurso Nacional Unificado e incluiu suas oportunidades de nível superior na prova única. Veja quais são:

Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

Serão 40 vagas ofertadas pelo MDHC, todas para nível superior na função de Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS).

Ministério da Educação

Além das 220 vagas abertas em edital próprio, o MEC optou por lançar outras 70 vagas de Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS) pelo Enem dos Empregos.

Ministério da Gestão e Inovação

É claro que o MGI não ficaria de fora do novo formato de seleção. A pasta responsável pela criação do Concurso Nacional Unificado vai oferecer oportunidades de nível superior divididas da seguinte maneira:

Ministério de Justiça e Segurança Pública

MJSP é mais um dos 20 órgãos que estarão no CNU e vai oferecer 100 vagas para o cargo de Analista Técnico Administrativo, de nível superior.

Ministério de Planejamento e Orçamento

MPO também tem oportunidades para Analista Técnico-Administrativo, sendo 45 vagas. Além dessas, há 15 vagas para Economista. Ambos os cargos são para profissionais de nível superior.

Ministério dos Povos Indígenas

Outro órgão que vai oferecer vagas de nível superior para Analista Técnico-Administrativo é o MPI, contando com 30 postos de trabalho.

Ministério da Saúde

MS vai participar do CNU com 220 vagas para Tecnologista, que requer nível superior. Esse cargo possui cinco classes distintas. A que será ofertada por meio da prova única ainda deve ter confirmação divulgada quando sair o edital.

Ministério do Trabalho e Emprego

MTE optou por ingressar no Concurso Nacional Unificado oferecendo suas 900 vagas de nível superior para Auditor Fiscal do Trabalho (AFT).

Superintendência Nacional de Previdência Complementar

Ao todo, a Previc vai ofertar 40 vagas imediatas de nível superior pelo Enem dos Empregos. Elas estão divididas entre:

Como será a prova do Concurso Nacional Unificado?

Os candidatos do CNU irão participar de uma prova escrita de caráter objetivo, dividida em duas partes aplicadas no mesmo dia em 179 municípios brasileiros. A primeira será composta por questões de conhecimentos gerais iguais para todos os inscritos, imitando o Enem. Nesse momento, provavelmente serão cobrados conteúdos de:

Na segunda parte da prova do Concurso Nacional Unificado, os candidatos responderão questões de conhecimento específico da área de atuação escolhida. Isso será feito por meio dos blocos temáticos, que irão contemplar órgãos e cargos do mesmo nicho.

Por exemplo, todas as ofertas para Economista estarão dentro de um bloco, enquanto Analista Técnico-Administrativo estará em outro. Dentro do bloco temático, os participantes responderão as mesmas perguntas.

Conheça os blocos temáticos do CNU

Quando será a aplicada a prova do CNU?

Na primeira quinzena de setembro, o secretário do MGI José Celso Cardoso Jr. anunciou que o Concurso Nacional Unificado, provavelmente, seria aplicado em meados de março de 2024. A previsão altera o cronograma originalmente publicado que visava a realização da prova única em fevereiro do próximo ano.

Em entrevista ao Metrópoles, o gestor explicou que a mudança foi feita pensando em dar mais tempo para os candidatos se preparem, tendo em vista que o Concurso Nacional Unificado é uma grande novidade para todos. Segundo ele, a ideia surgiu em conversa com os órgãos participantes do certame.

José Celso explicou que muitas entidades pontuaram que o prazo entre publicação do edital e a avaliação era muito curto. Por isso, o MGI optou por jogar a data de aplicação da prova do CNU mais para frente.

Sair da versão mobile