O cooperativismo é um sistema econômico que vem ganhando cada vez mais espaço na sociedade. Esse modelo de negócio beneficia não só os associados, mas também todo o meio social em que está inserido. No Acre, são 54 cooperativas atuando, totalizando mais de 40 mil cooperados.
Ao todo, existem sete ramos do cooperativismo, são eles: Crédito; Infraestrutura; Saúde; Trabalho, Produção de Bens e Serviços; Transporte; e Consumo. No Acre, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/AC) é responsável por representar politicamente as cooperativas em todo o estado, fortalecendo o movimento cooperativista e defendo-o como modelo socioeconômico. Neste mês de setembro a instituição completou 50 anos de existência.
Uma cooperativa é uma livre associação entre trabalhadores da mesma atividade econômica, que se unem para prestar serviços de qualidade aos membros e para obter vantagens competitivas no mercado. Um exemplo de cooperativa que tem mudado a vida de várias pessoas em Rio Branco é a Coopermóveis, que atua no segmento de fabricação de móveis planejados, madeira e MDF.
A cooperativa conta com 23 associados, que se uniram em busca de desenvolver seus trabalhos na área da marcenaria. O presidente da cooperativa, Jorge Melo, que já atua há mais de 19 anos neste modelo de negócio, conta sobre a importância que o cooperativismo tem em sua vida.
“O cooperativismo é muito importante na minha vida. Eu tinha uma marcenaria sozinho e não tinha conhecimento de nada, ela não crescia. Quando eu passei a ter conhecimento de cooperativa e que com ela a gente conseguia melhorar de vida, foi que comecei a buscar se unir com outros profissionais para trabalhar juntos”, disse.
Aluízio Silva é presidente da Servicoop, cooperativa que atua há 23 anos no ramo de prestação de serviços. Ele revela que o sangue cooperativista corre em suas veias desde que conheceu o modelo de negócio.
“É tudo para mim, há 22 anos o sangue que corre nas minhas veias é o do cooperativismo. Todos os dias eu acordo cedo para atuar nesse meio, pois foi a única forma que eu encontrei de distribuição de renda por igualdade social”, ressalta.
O cooperado explica que é por meio do cooperativismo que as pessoas em lugares de maior vulnerabilidade são alcançadas. “Por exemplo, a pessoa quando é autônoma carrega todo o peso da responsabilidade sozinha, no entanto, quando esse peso é dividido com outras pessoas, ele se torna mais leve”.
Os próprios associados, seus líderes e representantes têm total responsabilidade pela gestão e fiscalização da cooperativa, decidindo por meio de voto, sobre os resultados, sobras, atividades, dentre outros.
Para Jorge Melo, a cooperativa é um modelo de negócio indispensável em sua vida. “A cooperativa ajuda a divulgar nossos trabalhos, com a união melhoramos a vida das pessoas. Ela é tudo para mim, na parte econômica e social. Nos trouxe uma verdadeira mudança de vida”, conta.
Sem visar o lucro, a cooperativa tem o intuito de levar a melhoria econômica e social de seus membros. Aluízio destaca o papel deste negócio. “A força de trabalho do grupo gera um valor maior de renda para ser distribuído entre todos. Além disso, tem a questão das relações humanas, onde todos são iguais nos objetivos a alcançar e na distribuição de renda”, frisou.