Criança de 2 anos morre após ser internada com sinais de estupro

Namorado da mãe da vítima desapareceu após prestar depoimento à polícia; ele, que tem 39 anos, deixou bilhete dizendo ser inocente

Em foto colorida criança branca com cabeço preso em chuquinha - Metrópoles

Arquivo Pessoal

São Paulo – A pequena Beatriz Vasconcellos, de 2 anos, morreu com sinais de violência física e sexual, na madrugada desse domingo (15/10), após ser hospitalizada em Guarulhos, na Grande São Paulo. Ninguém foi preso até o momento.

Em depoimento à Polícia Civil, a mãe da criança, uma desempregada de 38 anos, afirmou que a criança passou mal, entre o fim da noite de sábado e início da madrugada de domingo.

Na residência, localizada no bairro do Taboão, estavam Beatriz, a mãe dela e o namorado da mulher, de 39 anos, que vivia há pouco tempo no local.

A criança, segundo a mãe, teria tido convulsões e, após ser-lhe dado um banho quente, teria melhorado. Beatriz voltou a passar mal na madrugada. Ela foi levada primeiramente a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Na UPA, a criança recebeu o primeiro atendimento e foi transferida em estado grave para o Hospital da Criança, no centro de Guarulhos.

A equipe médica, segundo registros policiais, aos quais o Metrópoles teve acesso, constatou que as partes íntimas da vítima estavam feridas, indicando abuso sexual. “Consta ainda que a vítima apresentava hematomas na região dorsal”.

A morte da criança foi confirmada instantes depois e comunicada à mãe, que ficou em estado de choque.

Já o namorado dela, de acordo com o documento policial, “não apresentou nenhuma emoção”.

Depoimento

Guardas Civis Municipais (GCMs) foram acionados à unidade de saúde, após a morte da criança, e conduziram a mãe e o namorado até a delegacia. Após o casal prestar depoimento, o homem não retornou mais para a casa da vítima.

Segundo apurado pelo Metrópoles, ele deixou um bilhete para a mãe de Beatriz, no qual afirma que irá “provar sua inocência”.

À polícia, a mãe disse “nunca ter batido” na criança. Sobre o novo companheiro da mulher, ela acrescentou que ele “sempre cuidou da vítima bem, pelo menos na frente dela, que jamais estranhou nada”.

Uma parente, que é vizinha da casa onde a criança passou mal, afirmou ao Metrópoles, nesta segunda-feira (16/10), que o homem ficou alguns momentos fora da vista da mãe da criança, quando ele afirmou que iria ao banheiro. “Depois ele chamou minha parente, falando que a Beatriz estava passando mal de novo”.

O homem residia nos Estados Unidos e conheceu a mãe da vítima quando estava hospedado em um hostel, no qual a mulher trabalhava e do qual foi recentemente demitida, também em Guarulhos. O namorado dela não havia sido localizado até a publicação desta reportagem.

Familiares ouvidos pelo Metrópoles afirmaram que a menina era quieta e tímida. Ela foi sepultada na tarde desta segunda-feira (16/10).

O caso é investigado, por ora, como estupro de vulnerável, maus-tratos e morte suspeita.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirmou que a Polícia Civil aguarda a conclusão de laudos para o “esclarecimento dos fatos”. “Diligências estão em andamento. Detalhes serão preservados por se tratar de crime sexual e envolver menor de idade.”

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