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Enem 2023: Saiba o que priorizar na reta final de preparação para as provas

Por O Globo

Sisu. Vestibular. Enem. Educação — Foto: Fabio Rossi/Agência O Globo

Faltando menos de um mês para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, que acontecem nos dias 5 e 12 de novembro, muitos estudantes se perguntam: o que priorizar nessa reta final de estudo? Fazer provas das edições anteriores e treinar a redação podem ser boas estratégias para esse momento.

Nessas últimas semanas, vale também um reforço nos assuntos mais recorrentes no exame, aqueles que os estudantes não podem deixar de conhecer. Para ajudar nessa preparação, O GLOBO vai publicar no canal oglobo.com.br/enem, de hoje até os dias de prova, matérias com sugestões de professores para revisão. E na Cartilha do Enem, que será lançada amanhã, estarão listados os conteúdos mais incidentes por área de conhecimento, possíveis temas para redação e dicas para os participantes.

Conhecer as provas

Uma recomendação geral é conhecer bem o estilo da prova aplicada no Enem. O professor Rodrigo Magalhães, diretor do Colégio e Curso AZ nas unidades Tijuca e Recreio, ressalta que o exame exige não só o conhecimento dos conteúdos, mas também saber fazer questões.

– Para desenvolver essa habilidade, especialmente no caso de provas objetivas, é importante treinar com os exames anteriores, para conhecer os modelos das questões e a forma como elas aparecem – explica.

Ele recomenda a resolução das provas das últimas cinco edições do Enem. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibiliza em seu portal os cadernos de questões e gabaritos, organizados por ano de aplicação.

Para a professora Claudia Bourseau, da unidade Centro do Colégio Pedro II, a revisão com provas anteriores pode deixar os estudantes mais seguros para o exame.

– Eles vão ganhando familiaridade com o tipo de questão e isso gera tanto a revisão do conteúdo quanto segurança. O Enem é uma prova de resistência e habilidade emocional também. Então é fundamental que o estudante busque estratégias que colaborem para essa segurança – analisa.

Identificar dificuldades pode ajudar

Outra dica é ter atenção aos erros ao treinar, para que eles não se repitam durante a prova.

– Para toda questão que o estudante errar, é importante entender por que não acertou. Se foi falta de atenção, erro de conteúdo ou falta de tempo, e então pensar em como atuar em cada tipo de erro. Isso aumenta a chance de acertar mais questões na prova — observa Rodrigo Magalhães.

A análise dos erros permite verificar o tipo de questão que o aluno tem mais dificuldade. O coordenador pedagógico do pré-vestibular social Dona Zica, Naum Faul, destaca algumas situações: problemas na leitura de gráficos, questões que relacionem textos verbais e não verbais (como quadros e fotografias) ou interpretação de charges.

– Esse é o momento de fazer um filtro, com base na resolução de provas e questões, para identificar suas dificuldades e atacar esses erros. Existe uma zona de conforto, em que o aluno prefere fazer as questões de conteúdos em que ele vai bem, mas é importante tentar cobrir as lacunas, seja reforçando a parte teórica ou praticando mais questões do mesmo tipo – recomenda.

O professor Mozartt Zeni, coordenador pedagógico do Colégio Leonardo da Vinci – unidade Gama, também vê a reta final do Enem como uma oportunidade para fortalecer alguns assuntos que os estudantes reconheçam ter mais dificuldade, priorizando até a primeira prova os conteúdos de Linguagens e Ciências Humanas, e depois focando nas áreas de Matemática e Ciências da Natureza, para a segunda prova.

– O aluno pode fazer uma lista de 10 itens que ele não vai tão bem, para fortalecer o conhecimento desses assuntos. Geralmente a ansiedade aumenta quando o estudante não tem segurança de algo, então esse reforço pode ajudar – diz Zeni.

Atenção para a redação

Os participantes do Enem devem ainda aproveitar as últimas semanas até a prova para praticar a redação, que exige a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. Confira detalhes no documento “A Redação no Enem 2023 – Cartilha do Participante”, que reúne informações sobre os aspectos a serem avaliados e os critérios utilizados para atribuir a pontuação ao texto.

Naum Faul, do PVS Dona Zica, sugere que os estudantes façam, pelo menos, uma redação por semana até a data do exame, passando o texto por um corretor qualificado – que pode ser um professor ou uma plataforma de correção, caso o aluno ou a escola tenham acesso.

– A redação precisa ser lida e corrigida, porque não adianta escrever e cometer os mesmos erros – alerta.

Professora de Sociologia no CPII, Claudia Bourseau reforça que é fundamental entender o peso da redação no Enem e o que ela exige dos participantes.

— Os estudantes precisam ter uma base de leitura e referências consistentes, e devem estar atentos aos temas sociais. Nesse sentido, a Sociologia tem muito diálogo com a redação, e pode ser uma ferramenta para pensar o mundo além do senso comum – indica.

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