Preservar a memória é manter viva a história e o Centro Cultural do Juruá é um dos lugares do Acre que mantém forte a lembrança do passado. Este, que é o prédio público mais antigo do Acre em utilização, foi visitado pelo ContilNet, que mostrou cada detalhe do local.
O prédio mantém as mesmas características arquitetônicas desde a sua inauguração, em 1909, além de objetos e móveis, como mesas e cadeiras originais, usadas pelos juízes da época.
O Centro Cultural do Juruá tem uma vista privilegiada e abriga uma rica história, que abrange o Poder Judiciário acreano.
Narcélio Generoso, que é historiador e funcionário do Tribunal de Justiça do Acre explica que são recebidas centenas de pessoas por mês no prédio. “Vem pessoas de outros estados, os munícipes, os alunos, que vem prestigiar os objetos que estão em exposição permanente, muito deles centenários, aqui no antigo Fórum de Cruzeiro do Sul”, disse.
A responsável pelo acervo do local, Ana Cunha, explicou que o prédio por si só é um acervo histórico. “Aqui foi construído para ser sede da Prefeitura Departamental do Alto Juruá, em 1912 é entregue ao Judiciário para se tornar sede do Tribunal de Apelação, que funcionou até 1917”, explica a servidora.
O prédio foi construído através de uma comissão chamada de “Comissões de Obras Federais”, que foi encaminhada para o Acre em 1907 e, segundo Narcélio, o engenheiro da obra, Manoel Bueno de Andrada, tinha sangue nobre, era sobrinho-neto de José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da Independência. O prédio tem influência arquitetônica, característica de palacete.
O casarão reúne o mobiliário, livros e muitos outros objetos que fazem parte de um acervo preservado, dividido em diversas salas, onde são guardados fragmentos da história como o primeiro projetor de cinema de Cruzeiro do Sul e outros objetos que remetem aos seringueiros, que são grandes símbolos da história do Acre.
“Esses móveis são originais, nós só vamos mantendo e cuidando, mas é a madeira da época, o couro da época, então os passos daqueles que nos antecederam ainda estão registrados aqui”, disse Ana.
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