Trinta anos e três meses de prisão. Esta foi a pena imposta pelo Tribunal do Júri Popular da Comarca de Rio Branco contra o braçal Wellington Silva de Matos, de 24 anos, julgado todo o dia de quinta-feira (19), na Cidade da Justiça, em Rio Branco.
Ele foi condenado pelo assassinato de seu sogro, José Bernardo de Lima, de 52 anos, e pela tentativa de homicídio contra sua ex-esposa e duas cunhadas, todas esfaqueadas.
A ex-mulher, a quem ele queria matar inicialmente, levou 17 facadas mesmo que um filho do casal, de apenas seis anos, tenha se colocado entre a mãe e o pai para proteger a mulher e, mesmo assim, o assassino continuou a desferir os golpes. “A mãe não sabia se protegia apropria vida ou ao filho”, disse o promotor de Justiça que atuou no caso, Ildor Ximenes. “É de um homem desses que estamos falando, a maldade em pessoa”, acrescentou o promotor.
O assassinato e as três tentativas de homicídios ocorreram em março de 2022, no bairro Cidade do Povo, no Ramal do Herculano. Movido pelo desejo de reatar o relacionamento com sua ex-mulher, Rosineide Nunes de Lima, de 22 anos, Matos invadiu a residência da vítima. Porém, o que deveria ser uma conversa acabou se transformando em uma cena de horror. Em meio a um intenso desentendimento, ele desferiu pelo menos 17 facadas em Rosineide, deixando-a gravemente ferida. Outras duas irmãs da mulher se envolveram na confusão e também foram esfaqueadas.
O pai da jovem, que morava nas proximidades, percebeu os ataques que suas filhas estavam sofrendo. Movido pelo instinto protetor, ele se lançou em socorro as filhas, mas acabou sendo cruelmente assassinado com duas facadas no peito. Além disso, as outras duas filhas de José Bernardo também foram vítimas das facadas desferidas por Matos, ficando gravemente feridas.
Apesar da gravidade das lesões sofridas pelas vítimas Rosineide Nunes de Lima, Rosilândia Nunes de Lima e a menor A.R.N., de 16 anos, todas elas conseguiram sobreviver graças ao pronto atendimento médico recebido no Pronto-Socorro de Rio Branco.
Horas após, Matos foi localizado pelas autoridades. Ele apresentava uma perfuração causada por arma branca, possivelmente resultado de um confronto subsequente. O agressor recebeu atendimento médico na UPA do 2º Distrito antes de ser encaminhado à Delegacia Central de Flagrantes e preso.
A juíza Luana Campos, que presidiu a sessão, além de condenar o réu a partir da decisão do corpo de jurados, também o sentenciou a cumprir a pena inicialmente em regime fechado, sem direito à recorrer em liberdade. O condenado já está preso.