O cenário de seca severa no Acre e em outros estados da Região Norte tem alertado todo o país, principalmente pela qualidade do ar, possibilidade de desabastecimento de água e morte de animais. No Acre, mesmo com previsão de chuvas, o cenário não deve mudar.
O alerta já havia sido feito pelo tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, ao ContilNet. Segundo o coordenador, a previsão de crise hídrica na capital siga até o mês de novembro.
Nesta segunda-feira (16), o coordenador voltou a falar sobre a seca severa no município. Ao ContilNet, Falcão afirmou que há previsão de chuvas para esta terça-feira (17) e quinta-feira (19). “Sem dúvida, as chuvas podem elevar o nível do rio, sempre altera, visto que o nível do Rio Acre aqui em Rio Branco sofre influência de outras chuvas que acontecem fora do município, mas o que nós chamamos atenção, não é para a mudança do nível do rio, e sim da mudança de cenário de seca”, explica.
Falcão diz que mesmo com um aumento no nível do rio, o cenário de seca, em geral, não muda. “Nós estamos com o solo extremamente seco. São vários meses sem chuvas significativas, então esse cenário de seca vai perdurar por mais tempo, mesmo que tenha uma mudança no nível do rio”, finaliza.
O governador Gladson Cameli decretou, no dia 6 de outubro, situação de emergência em decorrência do cenário de extrema seca vivenciado e da iminente possibilidade de desastre decorrente da incidência de desabastecimento do sistema de água do Acre. O desabastecimento é um fenômeno classificado e codificado como desastre natural – climatológico – seca. No final de setembro, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, também decretou situação de emergência.
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Na última semana, o governador anunciou que fez um pedido ao governo federal para reforço de caminhões-pipa, cestas básicas e águas minerais.