A influenciadora Mia Khalifa deu uma entrevista bastante sincera ao El Pais recentemente e abordou seu passado traumático na indústria pornográfica.
Há uma década, a libanesa de 30 anos assinou o contrato que mudou a sua vida para sempre. Mal sabia ela que apenas dois anos e 37 filmes depois seriam suficiente para torná-la a atriz mais pesquisada na plataforma pornô mais popular do mundo. E isso se perpetuou por anos e anos mesmo com seu último trabalho no ramo sendo lá em 2015. Na ocasião, é claro, não tinha ideia de que estaria vendendo a sua imagem, seu corpo, para sempre.
Ela já até tentou retomar o controle da própria imagem, mas admite ter desistido da batalha judicial que travou com a maior plataforma da indústria adulta. “Tentei uma vez, mas há cerca de três anos parei de lutar por essa causa quando um escritório de advocacia me avisou que não íamos chegar a lugar nenhum, que a luta levaria décadas da minha vida, milhões de dólares e que mesmo assim não havia garantia de que eu conseguiria vencê-los”, detalha.
Depois de sofrer com essa exposição ‘eterna’, conseguiu colocar a cabeça no lugar para, de alguma forma, continuar a vida. “Quando trolls me atacam com comentários nojentos no Twitter e usam minhas fotos [da época de atriz pornô], não me reconheço naquela pessoa. E sinto pena dela, por onde ela estava mentalmente e por quão pouco eu me amava e me respeitava, por como tentava ganhar a aprovação dos outros.”