Autoridades espanholas e portuguesas detiveram dois homens acusados de integrar um cartel de drogas da Colômbia e que tentavam entrar na Espanha com 100 kg de cocaína. A dupla viajava escondida num navio cargueiro que partiu de Cartagena das Índias, com destino ao porto espanhol de Algeciras. Antes da atracação, os criminosos lançaram três fardos de cocaína na água e pularam para perto deles, num novo método das organizações criminosas para o tráfico internacional.
Os agentes filmaram o momento em que os homens saltaram do navio em movimento, a cerca de 17 quilômetros do porto espanhol de Ceuta. O objetivo, de acordo com as autoridades, era aguardar a chegada de cúmplices da organização criminosa, que os resgatariam na água e levariam as bolsas com drogas.
#OperacionesGC | Detenidos dos polizones que transportaban 100 kgrs de cocaína en un buque portacontenedores
➡️Estas dos personas han sido interceptadas tras arrojarse al mar junto con tres fardos de droga intervenida a 11 millas náuticas del puerto de Ceuta.
➡️La embarcación… pic.twitter.com/FHrajOjcQW— Guardia Civil (@guardiacivil) October 31, 2023
De acordo com o “Jornal de Notícias”, o método é cada vez mais usado por redes de tráfico internacional de drogas. Homens se infiltram em navios que partem da América do Sul com destino à Europa e passam a maior parte da viagem escondidos entre a carga. Eles se vestem com roupas de mergulho e acoplam os fardos de cocaína a coletes salva-vidas.
Com isso, nas proximidades de algum porto europeu, pulam na água sem deixar rastros, e ficam boiando até a chegada de membros da organização criminosa, que são guiados pelo sinal de GPS instalado nos fardos de droga.
Os dois homens foram surpreendidos pelos agentes. Antes de serem recolhidos pelos cúmplices, eles foram detidos pela polícia espanhola. Segundo a Guarda Civil do país, a embarcação já estava sendo monitorada no âmbito de uma operação da Polícia Nacional e da Vigilância Aduaneira. Uma equipe da Força Aérea Portuguesa prestou apoio à ação e captou as imagens dos criminosos.