Policial civil afastado pela Justiça diz que sofre perseguição política e que é ‘inimigo de facções’

Jaelson dos Santos declarou que as acusações são 'politicagem' e que surgiram após anunciar candidatura a vereador em Assis Brasil

O policial civil Jaelson dos Santos Silva foi afastado do cargo por 90 dias após o Justiça acreana acatar o pedido do Ministério Público do Acre, na última segunda-feira (23).

A denúncia que culminou o pedido de afastamento do agente, relata um caso em que ele, utilizando-se do cargo público, em dia de folga, após envolver-se em um acidente de trânsito, perseguiu uma vítima e, com emprego de arma de fogo, tentou contra a sua vida.

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Em entrevista exclusiva ao ContilNet, Jaelson informou que deverá recorrer da decisão da Justiça e negou as acusações de de tentativa de homicídio, ameaça e disparo de arma de fogo.

‘Mima’ é policial civil concursado do Acre e está lotado na Delegacia de Assis Brasil/Reprodução

“O cara bateu no meu carro, eu segui ele e ele disse que eu dei tiro nele. Tem testemunha, tem tudo. Vou recorrer”, disse.

O policial disse ainda que as acusações não passam de ‘politicagem’. “Porque eu lancei a minha candidatura a vereador”, declarou o agente sobre as eleições municipais de Assis Brasil no ano que vem.

Carreira em Alagoas

O ContilNet também revelou uma lista extensa de acusações que o policial tem no Tribunal de Justiça de Alagoas, onde foi eleito vereador pelo município de São Brás, com mandato a ser exercido entre os anos de 2017 e 2020.

CONFIRA: Policial afastado pelo MPAC já foi vereador em Alagoas e teve mandato cassado por diversos crimes

Em 2019, uma denúncia pediu a cassação do mandato do policial. De acordo com o Tribunal de Justiça de Alagoas, Jaelson teria agredido um cidadão de São Brás, usando do cargo público que ocupava. Ainda no processo, o vereador teria arremessado R$ 500 em direção a Mesa Diretora durante uma sessão da Câmara Municipal de São Brás, proferindo palavras ofensivas aos seus integrantes. Em março de 2020 ele teve o mandato cassado. Jaelson era conhecido no município como ‘Mima’.

Sobre essas acusações, o policial alega que sofria perseguição política no município alagoano. “Eu denunciei a Câmara. Todos os vereadores de lá foram presos”.

Além disso, em 2020, várias denúncias fizeram com que o Conselho de Segurança de Alagoas decidisse devolver Jaelson à Polícia Civil do Acre. Entre elas, pesaram acusações de agressão, comunicação falsa de crimes, desobediência e porte ilegal de armas.

Em relação à essas denúncias, o policial disse que todos os processos já foram arquivados na Justiça de Alagoas.

Jaelson disse ainda que é aprovado por 95% da população de Assis Brasil e que foi homenageado por várias instituições nacionais e internacionais. “Tenho família, filhos. Sou um cara de bem. Combato a corrupção. Tenho trabalho social com crianças”.

Ainda falando sobre o trabalho na Segurança Pública, o policial informou que já foi ameaçado diversas vezes por facções criminosas por combater o crime na região.  “Eu sou inimigo do CV e do B13, já recebi várias ameaças por combater a criminalidade na fronteira”.

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