O Acre e mais outros 22 estados tiveram suas principais cadeias do sistema carcerário objetos de uma mega operação desencadeada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Snappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), para combater o uso de telefones celulares no sistema prisional.
A Operação foi batizada de Mute e realizada também com o objetivo identificar e retirar celulares no interior de presídios os aparelhos para garantir o combate à comunicação ilícita do crime organizado.
A iniciativa contou com o apoio das polícias penais estaduais.A operação ocorreu nos seguintes estados, de forma ordenada:
- Acre
- Amapá
- Bahia
- Espírito Santo
- Maranhão
- Minas Gerais
- Mato Grosso do Sul
- Pará
- Paraíba
- Pernambuco
- Paraná
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Norte
- Roraima
- Rio Grande do Sul
- Sergipe
- São Paulo
A ação tem dois focos: o primeiro é cortar a comunicação por meio do uso de tecnologia que embaralha o sinal, e, em seguida, buscar os aparelhos com ações de revistas em pavilhões e celas. Mais de 1,3 mil policiais penais federais e estaduais trabalham na ofensiva em 76 unidades prisionais.
Os celulares, bem como outras soluções tecnológicas, são as principais ferramentas utilizadas pelas quadrilhas para o cometimento de crimes e o consequente avanço da violência nas ruas.
“Essas comunicações proibidas configuram um problema nacional com sérios impactos sociais, psicológicos e econômicos. Por isso, a Snappen está dedicando esforços juntamente com as administrações penitenciárias dos estados e do Distrito Federal para o desenvolvimento de ações que fortaleçam o sistema penal, bem como ações para combater todas as formas de ilícitos”, destacou o secretário Nacional, Rafael Velasco.
Essa etapa da Operação Mute se estenderá até a próxima sexta-feira (20) e incluirá, ao longo da semana, outros seis estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Piauí e Santa Catarina.
O diretor de Inteligência Penitenciária (Dipen/Senappen), Abel Barradas, destaca a importância e o ineditismo dessa operação que combina ferramentas de tecnologia com as ações de revistas no interior das unidades prisionais.
“A Operação Mute é a maior em abrangência realizada pela Snappen, pelo número de estados participantes e quantidade de policiais penais federais e estaduais envolvidos. A operação foi planejada para ocorrer ao mesmo tempo e de forma coordenada, de modo a interromper, localizar e buscar os aparelhos telefônicos no interior das unidades prisionais”, afirma Abel.