O cantor sertanejo João Vittor Malachias foi preso na noite do último domingo (8), em Ribeirão Preto, em São Paulo, como suspeito pelo assassinato da dentista Bruna Angleri, de 40 anos, em Araras, também em São Paulo. Desde a última sexta-feira (6), quando fugiu de uma perseguição policial na rodovia Anhanguera (SP-310), o artista era dado como foragido.
Entenda o caso
A investigação em curso aponta que, em agosto deste ano, João Vittor invadiu a casa de Bruna, num condomínio de alto padrão, no Distrito Industrial, e a agrediu, além de ter destruído objetos no local. No dia 27 de setembro, o corpo da mulher — que havia solicitado uma medida protetiva à polícia, em decisão que proibia o ex-namorado de se aproximar dela — foi encontrado carbonizado sobre a cama de um quarto da residência, onde não havia outras pessoas.
Segundo a Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública de São Paulo, a casa foi atingida por um incêndio, controlado pelo Corpo de Bombeiros. O caso foi registrado como homicídio na Delegacia de Polícia de Araras. Segundo o delegado Tabajara Zuliani, responsável pela investigação, o corpo tinha sinais de espancamento.
Quem é João Vittor?
Também conhecido pelo apelido “Pássaro”, João Vittor é cantor sertanejo há cerca de sete anos — e mantinha um relacionamento com Bruna há poucos meses. O homem de 40 anos é conhecido por fazer shows em bares, restaurantes e festas privadas de Araras e municípios próximos, em São Paulo. No Spotify, ele mantém menos de 50 ouvintes mensais. Em março deste ano, ele gravou um DVD.
Os perfis digitais do cantor, em redes sociais, saíram do ar desde que o caso veio à tona. João tem um filho — e, contra ele, também há boletins de ocorrência feitos pela mãe da criança. A mulher o acusa de ameaça, perseguição e também solicitou uma medida protetiva à polícia.
Nas redes sociais, o cantor se apresentava somente como João Vittor e somava mais de 11 mil seguidores. Nesta semana, após ter escapado da perseguição policial, ele publicou uma nota, por meio da plataforma, dizendo que fugiu porque estava “desesperado” e acrescentou que se entregaria caso houvesse um pedido de prisão contra ele. Logo depois, ele apagou as postagens.
DENTISTA CARBONIZADA:
- A dentista Bruna Angleri, de 40 anos, foi “severamente agredida” antes de ser carbonizada em sua própria casa, no Distrito Industrial, em Araras, segundo a Polícia Civil.
- O corpo da mulher foi encontrado por policiais nesta quarta-feira, sobre a cama de um quarto da residência, onde não havia outras pessoas.
- O ex-namorado da dentista é apontado como principal suspeito do crime.