O imbróglio causado pelo pedido de empréstimo de R$ 340 milhões feita pelo prefeito Tião Bocalom finalmente chegou ao fim na tarde desta quinta-feira (26), em uma sessão extraordinária da Câmara Municipal de Rio Branco.
Por unanimidade, os vereadores negaram o pedido e votaram contra o Projeto de Lei enviado pela equipe da Prefeitura. Foram dois projetos encaminhados: o primeiro, pedia o empréstimo no valor de R$ 40 milhões. O segundo, solicitava o valor de R$ 300 milhões.
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Após ter sido adiada por dias, a votação do projeto rendeu ainda um voto inusitado: o próprio líder do prefeito Tião Bocalom na Câmara, um dos maiores defensores do pedido de empréstimo, votou conta os dois pedidos de empréstimos.
Entenda os pedidos
Dos R$ 340 milhões que a prefeitura de Rio Branco pretendia adquirir por meio de um empréstimo junto ao Banco do Brasil, e que dependia da aprovação da Câmara Municipal, R$ 120 milhões seriam destinados para solucionar os problemas com água e esgoto na capital. Outros R$ 150 milhões seriam empregados em asfaltamento e R$ 30 milhões para a segurança pública, visando a implantação de mais de quatro mil câmeras de segurança nas escolas, unidades de saúde, praças e ruas da capital acreana.
O valor de R$ 40 milhões seria acrescentado aos R$ 40 milhões de recursos próprios que a prefeitura estará colocando, para construir as casas do Programa 1001 Dignidades, destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade social.
Motivos da derrubada
Segundo informações, o parecer negativo da Assessoria Jurídica da Câmara Municipal pesou na decisão dos vereadores de votar contra o pedido de empréstimo. Além disso, os projetos haviam sido barrados também nas comissões conjuntas da Casa.
O percentual de juros estabelecido pelos bancos também foi crucial para a derrubada dos projetos. Os empréstimos foram solicitados juntos ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal.
Derrota de Bocalom
Nesta semana, Bocalom esclareceu que o empréstimo seria aplicado em novas obras, na Segurança Pública, em moradias populares e, principalmente, para resolver o problema da falta d’água na capital.
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“Estamos mostrando para os vereadores a importância desse projeto para a nossa população. Vamos fazer obras, gerar emprego, fomentar a nossa economia. Há quantos anos nós não temos investimentos públicos na nossa capital?”, questionou Bocalom.
Até o momento, o prefeito ainda não se posicionou publicamente sobre o assunto.