Vídeo: brasileiro que mora em Israel tem filho convocado pelo exército

Alberto mora com a família há 7 anos em Israel. Brasileiro e judeu, discorreu sobre os sentimentos diante do conflito e a filho convocado

Alberto Rabinovitsch, brasileiro que mora em Israel

O brasileiro Alberto Rabinovitsch mora com a família em Petah Tikva, aproximadamente 10 km de Tel Aviv, principal cidade metropolitana de Israel.

De origem judaica, Alberto concedeu uma entrevista ao jornal Metrópoles, na manhã desta segunda-feira (16/10), falando sobre o ataque surpresa de 7 de outubro, a convocação do filho para a guerra, além de opiniões a respeito do conflito entre o Hamas e israelenses. Veja:

“A gente tem de dividir a sensação em duas formas: uma é a de você andar na rua e nada vai te acontecer (…), a outra é a possibilidade de um foguete cair em nossas cabeças”, disse Alberto.

Durante o ataque surpresa pelo grupo extremista Hamas, Alberto estava com a família, em uma sinagoga. Antes de sair de casa, eles tinham ouvido sirenes de alerta antimísseis, parte do sistema de segurança israelense conhecido como “Iron Domme” ou “Domo de Ferro.”

“Nós estávamos no sábado de manhã na sinagoga, quando, um pouco antes de irmos, às 7h30, tocou a sirena de defesa antifoguetes. A gente achou muito estranho, porque tudo parecia muito calmo, não existia provocação entre os dois lados. Quando chegamos à sinagoga, sentimos que alguma coisa muito estranha estava acontecendo. Vi os filhos dos nossos amigos saírem correndo para o exército, porque tinha acontecido alguma coisa. Meninos de 18, 19 anos”, relata o brasileiro

O filho mais velho de Alberto mora em Jerusalém, e imediatamente, o pai ligou para ele em busca de notícias. Naquele momento, não, mas já estava na lista de aguardo. Em Israel, todo cidadão, quando completa 18 anos, é obrigado a se alistar para o serviço militar. Depois que conclui o ciclo obrigatório, se torna reservista até os 40 anos.

“Liguei para ele desesperado, querendo saber se tinha sido convocado. Ele me disse que não, mas já estava na lista para ser chamado, o que aconteceu nos dias seguintes.”

Alberto classificou o ataque do grupo extremista Hamas contra Israel como “covarde”.

“Não é agradável, quando a gente fala do que tá acontecendo hoje, foi um ataque covarde, inesperado. Realmente, houve falha no sistema de segurança de Israel, mas a gente pode falar que não é humano aquilo que aconteceu. Não acredito que seja uma guerra rápida, não é uma operação”, avaliou Alberto.

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