Estrela da noite de premiação do Prêmio CBLOL 2023, Denilson “Ceos” não deu detalhes das negociações que devem tirá-lo da LOUD e colocá-lo na KaBuM, mas admitiu, ao comentar a janela de transferências do League of Legends brasileiro, que a decisão sobre o futuro é difícil e deve deixar parte dos fãs brava.
— Eu não posso falar muito, mas, não importa o caminho que eu escolher, vou continuar dando o meu máximo. Sei que talvez tenha muitas pessoas que devem estar meio bravas comigo, mas eu entendo. Faz parte. Para quem é realmente meu fã e me apoia, pode ter certeza que, no ano que vem, eu vou tentar evoluir ainda mais e trazer mais títulos — disse Ceos, em entrevista ao ge, após receber os troféus de melhor suporte, melhor jogador e Craque da Galera no Prêmio CBLOL, nessa terça-feira, em São Paulo.
Destaque da temporada pelas ótimas performances individuais e por ajudar a LOUD a conquistar os dois títulos do Campeonato Brasileiro (CBLOL), o terceiro consecutivo, Ceos se tornou protagonista da janela de transferências ao receber propostas de KaBuM e paiN Gaming.
A LOUD também apresentou uma oferta de renovação de contrato, que expirou na última segunda-feira, mas já recebeu a sinalização da estafe de Ceos de que o suporte não irá continuar na equipe para 2024. A KaBuM, que ofereceu o maior salário dentre as três organizações, é o destino mais provável, segundo apurado pelo ge.
A saída da equipe que Ceos representou nas últimas três temporadas, pela qual conquistou três títulos e na qual se tornou ídolo vem desagradando parte da torcida.
— Isso é normal de qualquer esporte, quando você cogita trocar de time. Óbvio que os seus fãs e os fãs antigos vão ficar meio tristes e para baixo, mas faz parte. Óbvio, não vou levar para o coração.
Ele destacou que a decisão sobre o futuro tem sido difícil.
— É o futuro da minha carreira, é uma coisa que eu dou muita importância. Não vou tomar decisão displicente. Tenho que pensar muito bem no que é melhor para mim. É uma decisão difícil, porque você tem que pensar no que é melhor para você e não deixar as outras pessoas falar o que você tem que fazer.
Perguntado sobre o que leva em consideração para tomar a decisão, Ceos respondeu:
— Desde que eu comecei a jogar, eu sempre quis ser campeão. Não é porque agora eu ganhei três seguidas que está bom. Meu maior foco é ir bem internacionalmente, então estou tentando procurar a melhor equipe para isso.
Questionado sobre a questão financeira, já que a KaBuM ofereceu o maior salário, o jogador admitiu que isso é levado em conta, embora, segundo ele, não seja o primeiro aspecto considerado.
— Óbvio que não é a coisa mais importante, mas pesa. Não é a coisa que está me motivando a sair e ir para outro time por dinheiro. Eu estou fazendo isso mais por mim mesmo. O caminho que eu escolher eu vou estar confiante de que vai ser o melhor.
Instado a se despedir da torcida da LOUD, Ceos manteve o discurso de que ainda não bateu o martelo, embora a direção da equipe já dê a saída dele como certa.
— Ainda não, ainda não é o momento. Eu ainda não tomei minha decisão. Mas, quando estiver tudo certo, com certeza eu venho conversar.
Tímido e acostumado a estar longe dos holofotes, Ceos confessou o incômodo de ter se tornado o principal assunto da janela de transferências.
— Te confesso que é um pouco difícil, porque eu nunca passei por isso, e também não é uma coisa que eu gosto muito. Sempre gostei de ficar mais na minha e focado no meu jogo. Óbvio, faz parte da minha profissão. É uma coisa que eu tenho que saber lidar.
Destaque do Prêmio CBLOL
O protagonismo não é por acaso, já que Ceos se tornou o primeiro suporte a ser eleito o melhor jogador da temporada brasileira desde a criação do Prêmio CBLOL, em 2017. Depois da premiação, jornalistas formaram uma longa fila para entrevistar o principal nome da noite.
— Foi uma das melhores noites da minha vida. Eu fiquei muito feliz, principalmente pelo prêmio de Craque da Galera. Eu não estava esperando. Fiquei muito feliz de a comunidade me abraçar e me dar esse prêmio. E também, óbvio, agradecer pelo ano maravilhoso que eu tive. Não só eu, mas todos os meus companheiros mandaram muito bem. Óbvio que poderia ser melhor, no MSI e no Mundial, mas, no final, eu fiquei feliz de ter passado este ano junto com meus companheiros de time.