O vídeo feito por uma equipe da Polícia Militar (PM) mostra o momento em que um menino de 10 anos foi encontrado após ficar acorrentado e trancado dentro de uma casa pelo próprio pai, em Porto Velho. O resgate aconteceu no início desta semana e o crime de maus-tratos foi descoberto por um técnico da concessionária de energia.
Nas imagens que a Rede Amazônica teve acesso nesta terça-fera (21) é possível ver que a criança vestia apenas uma bermuda, e estava sentado em cima de um colchão sem lençol, e com uma corrente prendendo seu pé direito. Ele mal conseguia se mexer e em uma das pernas há marcas de queimaduras.
Os policiais então perguntam ao menino como ele se chama, há quanto tempo está sem comer e onde estava o pai. À PM, o menino responde que estava acorrentado no local há três dias, período em que ficou sem comer e beber água.
O vídeo mostra ainda que a corrente estava ‘presa’ por um cadeado na grade da janela do quarto, impossibilitando o menino de andar e sair do cômodo.
Segundo a Polícia Civil, o menino morava com o pai e a madrasta. A mulher foi localizada no local de trabalho e confirmou que era casada com o pai do menino, reiterando ainda que a criança não era de sua responsabilidade. Após a mulher indicar o local onde o marido trabalhava, o pai do menino acabou preso em flagrante.
O pai e a madrasta foram presos em flagrante e responderão pelos crimes de tortura e corrupção de menores.
“Eles vão responder por esses crimes, uma vez que a criança estava acorrentada há três dias, sem comida e água, em uma situação crítica. A criança recebeu atendimento médico após o resgate e foi confirmado que o menino estava numa situação de abandono. A criança apresentava ferimentos causados pela corrente, queimaduras”, diz o delegado Cristiano Lopes, da Polícia Civil.
A investigação aponta que o irmão, um adolescente de 16 anos, foi quem acorrentou o menino de 10 anos. Aos policiais, o menor diz que a ordem foi dada por sua madrasta e pai.
Como o caso foi descoberto?
Segundo a polícia, um técnico da concessionária de energia da capital foi quem descobriu o caso de cárcere privado do menino.
Isso porque um colega do menino de 10 anos abordou o funcionário da Energisa e contou que seu ‘amiguinho’ estava preso e com fome dentro de uma residência.
Ao ouvir o relato da criança na rua, o técnico entrou na casa, que não tem portão, e viu o menino preso a uma corrente. Imediatamente ele acionou a PM.
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