Defesa de Gladson diz que pedido de afastamento é ‘absurdo’ e que investigação é ‘ilegal’

A defesa diz ainda que toda a investigação sobre o caso é ‘ilegal’. STJ deve julgar o pedido

O advogado do governador Gladson Cameli, Pedro Ivo, se posicionou sobre o pedido de afastamento do Chefe do Poder Executivo do Acre protocolado pela Procuradoria Geral da República (PGR).

Segundo ele, o parecer da PGR é ‘arbitrário e absurdo’ e que não há nenhum fato novo nas investigações que justifique o pedido de afastamento. “Ele decorrer de um outro que já havia sido indeferido pelo Superior Tribunal de Justiça”, lembrou.

A defesa diz ainda que toda a investigação sobre o caso é ‘ilegal’. “Ela decorre de uma devassa realizada pela Polícia Federal de Cruzeiro do Sul, sem que tivesse competência para investigar”, opinou.

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O advogado usa como argumento ainda o fato da PF ter quebrado o sigilo do filho do governador Gladson Cameli, Guilherme Cameli, de 7 anos. “Não há nenhuma ilegalidade atribuível ao governador”.

A denúncia feita pela PGR é contra Cameli e outras 12 pessoas pelos supostos crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

No documento, de 175 páginas, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos afirma que, desde 2019, existe uma denúncia contra o governador sobre um esquema de fraude em licitações. A PGR aponta fraudes ou direcionamento em pelo menos oito contratos firmados nos últimos anos pelo governo do Acre. O prejuízo estimado seria de R$ 150 milhões.

O advogado negou as acusações, disse que as obras investigadas foram “todas executadas e entregues ao povo acreano”, “que reelegeu o governador no primeiro turno”.

Governador Gladson Cameli/Foto: Juan Diaz/ContilNet

“Esse pedido de afastamento é uma afronta ao mandato conferido pelo povo do Acre. O governador confia no Poder Judiciário, no Superior Tribunal de Justiça, fará sua defesa e tem convicção de que ao final, esse pedido vai ser indeferido”, completou a defesa.

Ainda neste ano, a PF e o Ministério Público Federal (MPF) chegaram a pedir o afastamento de Cameli do cargo, além da prisão preventiva do pai do governador, Eladio Cameli, e do irmão de Gladson. Porém, o pedido foi negado pela relatora da investigação, ministra Nancy Andrighi. A devolução do passaporte também foi decidida pela relatora.

VEJA NOTA DA DEFESA DE GLADSON:

Esse pedido de afastamento é arbitrário e absurdo. Não há nenhum fato novo que justifique esse pedido de afastamento. Ele decorre de um outro pedido que já tinha sido indeferido pelo Superior Tribunal de Justiça. É além de tudo, ele foi feito na vagância do cargo de procurador-geral da República.

Essa investigação é toda ilegal. Ela decorre de uma devassa realizada pela Polícia Federal de Cruzeiro do Sul, sem que tivesse competência para investigar o governador Gladson Cameli. Para se ter uma ideia, quebraram o sigilo de uma criança de apenas sete anos de idade, o filho do governador.

É não há nenhuma ilegalidade atribuível ao governador Gladson Cameli. As obras foram todas executadas e entregues ao povo do Acre, que reelegeu Gladson Cameli no primeiro turno. Esse pedido de afastamento é uma afronta ao mandato conferido pelo povo do Acre.

O governador Gladson Cameli confia no Poder Judiciário, Superior Tribunal de Justiça e fará sua defesa e tem a convicção que esse pedido ao final será indeferido.

Pedro Ivo, advogado do governador Gladson Cameli

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