Dentista do Acre é condenado a pagar quase R$ 430 mil por matança de onças e outros animais

A Justiça manteve, ainda, o bloqueio de imóveis e veículos do caçador

O Ministério Público Federal (MPF) condenou o dentista Temístocles Barbosa Freire a pagar indenização no valor de R$ 429 mil por dano moral e material em virtude de caça e abate ilegal de animais na zona rural do Acre.

Temístocles seria líder do grupo de caçadores do Acre, e foi condenado por crimes ocorridos em 2016, entre eles está o abate de 12 onças-pintadas, 14 capivaras, sete porcos-do-mato e dois veados vermelhos.

O réu ficou proibido, ainda, de se abster de qualquer tipo de caçada ou prática análoga/ Foto: Ilustrativa

A Justiça manteve, ainda, o bloqueio de imóveis e veículos do caçador, correspondentes ao montante cobrado. O réu ficou proibido, ainda, de se abster de qualquer tipo de caçada ou prática análoga, sob pena de multa de R$ 100 mil por ato.

Do valor total da indenização, R$ 357.500 são para o pagamento de danos morais coletivos e R$ 71.500 pelo abate dos animais, valor que será destinado ao Fundo Nacional do Meio Ambiente.

Saiba mais sobre o caso

Agentes da Polícia Federal realizaram diligências no consultório de Temístocles Freire, após denúncias de supostas práticas de caçadas ilegais por parte do dentista.

Em seguida, a Justiça Federal deferiu medidas cautelares que deram início à execução da Operação Mustache, que confirmou a existência de um grupo que se utilizava de armas legais e ilegais, veículos adaptados e cachorros treinados para a caça de animais silvestres, sob orientação do condenado. A prática da caça ficou comprovada por meio de fotos, documentação, vídeos e mensagens de celular trocadas com outros integrantes do grupo.

Na ação inicial, o MPF pediu a condenação do dentista ao pagamento de R$ 5 milhões em indenizações pelo abate ilegal de 48 animais, pedido que foi acolhido parcialmente pela Justiça Federal.

Com informações do Ministério Público Federal.

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