Nesta quarta-feira (8) é celebrado o Dia do Radiologista. A data celebra tanto os médicos radiologistas, quanto os tecnólogos (profissionais com curso técnico), e coincide com surgimento da área, quando o físico alemão Wilhehm Conrad Roentgen começou a fazer experiências em seu laboratório na Universidade de Wurzburg, em 1895. Sem saber, ele criava o raio-x, uma das maiores descobertas da medicina contemporânea.
A data celebra tanto os médicos radiologistas, quanto os técnicos em radiologia – Foto: Reprodução
O Raio-X revolucionou a medicina, permitindo a visualização do interior do corpo humano sem a necessidade de cirurgias. Desde então, a radiologia evoluiu e se tornou uma área essencial no diagnóstico e tratamento de diversas doenças.
O profissional responsável por executar e operar os equipamentos é o técnico especializado em radiologia, enquanto quem deve interpretar as imagens e elaborar relatórios fazendo as correlações clínicas é o médico radiologista. Há cerca de 28 anos atuando na profissão, o tecnólogo Marcelo Cavalcante fala sobre os principais desafios da profissão.
Marcelo Cavalcante é coordenador do setor de radiologia da Fundhacre – Foto: Cedida
“Hoje, enfrentamos a dificuldade na contratação novos de profissionais na nossa área. O profissional precisa tirar 40 dias por ano de férias, e como são poucos, a gente precisa se desdobrar para poder ajudar”, ressalta.
A exposição radiológica é um risco tanto para profissionais que atuam na área como para os pacientes. Uma das principais soluções para aumentar a segurança dos radiologistas é o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como aventais de chumbo, protetores de tireoide e óculos. Marcelo ressalta os principais cuidados tomados pelos profissionais durante seu trabalho.
“A gente se previne, usa equipamentos de proteção, como por exemplo o avental, que é todo chumbado e nos protege. Existem ainda vários outros equipamentos de proteção. É um risco, a radiação pode até acarretar um câncer em algumas partes do corpo”, conta.
O técnico destaca, também, a existência do dosímetro radiológico, ferramenta que tem a função de medir os níveis de radiação recebidos, fazendo com que sejam analisadas formas de proteção e segurança do profissional exposto.
“Todos os meses, se ultrapassar o limite, o técnico já precisa se afastar para não sofrer nenhum perigo. A lei também nos ampara. Com 25 anos de profissão, o profissional pode se aposentar, em virtude dos riscos e por ser uma atividade perigosa”, explica.
Como ingressar na profissão
Para ingressar na profissão é necessária a conclusão do ensino médio, além do ingresso uma formação na área da radiologia, oferecida em escolas técnicas, faculdades ou instituições especializadas em saúde.
No Acre, não há instituições públicas que ofereçam a graduação em Radiologia, no entanto, é possível fazer o curso técnico em algumas instituições, como na Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha, em Rio Branco.
