Durante o evento “Crise climática e desastres como consequência do El Niño 2023-2024: impactos observados e esperados no Brasil”, que aconteceu na última quinta-feira (18), que reuniu alguns dos maiores climatologistas do país, no Rio de Janeiro, foi alertado para o aprofundamento da seca na Amazônia.
A previsão é que o El Niño alcance seu pico de atividade em dezembro. Além disso, o atraso das chuvas, o que fará com que a seca na região norte se prolongue ainda mais.
Com o solo ressecado, a gravidade da seca se acentua. No Acre a estiagem prolongada já causa o atraso nas plantações, o que causará prejuízo no próximo ano aos produtores.
“Os plantios que eram para ser feitos agora em outubro não vão acontecer, e isso vai ficar com uma sequela futura. Nós temos os prejuízos econômicos que são relacionados aos plantios e as colheitas, a bacia leiteira, a piscicultura, tudo isso. Essas sequelas vão ficar para o ano que vem, pois tendo prejuízo esse ano, vai ter que se recuperar ano que vem”, explicou o coordenador da Defesa Civil, Cláudio Falcão, que enfatizou, ainda, a grave a sequela econômica que a intensa seca poderá deixar no Acre para os próximos meses.
Previsão de chuvas
Segundo Falcão, as chuvas no estado acreano devem voltar com mais regularidades apenas em dezembro, e a seca deve deixar de preocupar em janeiro somente.
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“A previsão de resolução é para o final de dezembro, a partir daí que teremos chuvas regulares e começa a resolver a questão da seca, que prevemos para janeiro. No início do ano devemos estar com os níveis dos rios mais elevados, mas até lá, mesmo ocorrendo chuvas não deve se revolver o problema”, ressaltou.
Para todo o mês de novembro são esperados cerca de 207,1 milímetros de chuva, no entanto, até o momento só choveu 29,4 mm. Em outubro, eram esperados 150,1 mm, porém, a capital só acumulou 135 mm.