O governo Lula anunciou nesta quinta-feira (9) a redução de 22,3% do desmatamento na Amazônia Legal Brasileira, no período de agosto de 2022 e julho deste ano. Os dados foram apresentados pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
De acordo com apresentado, a área desmatada na região foi de 9.001km². Os números foram colhidos a partir do monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), através do relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes).
Comparado com a última atualização, a queda foi de 22,3%. Na edição anterior, a área desmatada na Amazônia Brasileira foi de 11.594 km², entre agosto de 2021 e julho de 2022. Divulgada anualmente desde 1988, a taxa é medida sempre de agosto de um ano a julho do ano seguinte. O resultado de 2023, portanto, concentra cinco meses do governo anterior (agosto a dezembro de 2022), e sete da atual gestão (janeiro a julho de 2023).
Levando em consideração apenas o 9 primeiros meses de 2023, ou seja, apenas o período do governo Lula, a queda foi de 49,7%, comparando o mesmo período no ano anterior.
A ministra declarou que a redução do desmatamento só é possível por conta de uma política transversal do governo federal.
“Desde janeiro, Lula estabeleceu o compromisso com desmatamento até 2030. Houve uma decisão política. Esse resultado é fruto do trabalho de todos nós”, disse a ministra.
Na apresentação dos dados, a ministra divulgou os índices de alguns Estados, mas deixou outros de fora, incluindo o Acre. O motivo não foi informado.
Os dados apresentados foram:
Amazonas – redução de 40%; Pará – redução de 21%; Rondônia – redução de 42%; Mato Grosso – aumento de 9%.
O governo do Estado, por outro lado, nesta semana, informou que o Acre obteve uma redução de 71% nos alertas de desmatamento nos primeiros dez meses de 2023, se comparado com o mesmo período do ano passado. Os dados, analisados pelo Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma), órgão ligado à Secretaria do Meio Ambiente (Sema), são baseados no sistema de alertas Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
De acordo com o estudo, de 1º de janeiro a 27 de outubro 2023, o Acre registrou um acúmulo de 141,03 Km², o que representa uma redução de 71% nos alertas de desmatamento emitidos, em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram 484,49 km².