Juíza decide manter preso ex-vereador acusado de assassinar vizinho e ficar foragido

Defesa de Mauristelio Tessinari luta para livrá-lo da cadeia mas Justiça volta a negar benefício de liberdade provisória

A juíza Luana Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri Popular da Comarca de Rio Branco, negou pedido formulado pelo advogado Sanderson Moura, que patrocina a defesa do ex-vereador Mauristelio Tessinari de Sousa, conhecido como Teio Tessinari, acusado de assassinato, para que ele responda o processo e aguarde julgamento em liberdade.

O vereador e a vítima /Foto: Reprodução

A decisão da juíza é para que o ex-vereador por Capixaba permaneça preso e que, dentro de 90 dias, seu caso seja novamente avaliado, quando haverá a decisão definitiva se ele vai ou não sentar-se no banco de réus para ser julgado pelo crime.

O ex-vereador é acusado de matar a tiros Antônio Deuzimar Santiago da Silva, então com 49 anos, em junho do ano passado. O crime ocorreu em um ramal que fica na Vila Maparro, na Bolívia, país que faz fronteira com o Estado do Acre, na região de Capixaba. Deuzimar Silva era morador de Capixaba e vizinho de fazenda do ex-vereador. Ele foi morto com quatro tiros.

A juíza Luana Campos, ao proferir a decisão de manutenção da prisão do acusado no sistema penitenciário do Acre, em Rio Branco, considerou que, após o crime, o acusado fugiu e passou mais de um ano foragido em território boliviano, onde também tem residência.

A denúncia do Ministério Público do estado do Acre (MP-AC) versa que, logo após o crime, Mauristelio Tessinari de Sousa compareceu à Delegacia de Polícia em Capixaba comunicando o assassinato, dizendo que agira em legítima defesa. Disse que o morto, seu vizinho de fazenda, no território boliviano, vinha roubando gado de sua propriedade e que, ao encontra-lo, ainda o ameaçou de morte e por isso ele teve que reagir, matando-o.

Após o depoimento, o acusado desapareceu por pelo menos um ano e meio e só voltou a ser visto quando compareceu à uma audiência de instrução de julgamento de seu caso, na 1ª Vara do Tribunal do Júri Popular, quando então foi preso por ordem da juíza Luana Campos.

A partir de sua prisão, começou a batalha judicial da defesa do acusado para livcrá-lo das grades do presíudio estadual. Os recursos de Sandrerson Moura vêm sendo negados e seu cliente está bem próximo de ir a julgamento.

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